A validade de um dia especial!

Com as ruas desertas naquele final de tarde de um domingo significativo, pelo data que representava, chamou a atenção a figura de uma jovem mulher   aparentando uns 35 anos, que postada junto à entrada de um estabelecimento comercial, e portando um pequeno cartaz de papelão em forma retangular, onde expunha, em portunhol, ser procedente de um determinado país da América do Sul e trazia, em sua mensagem, uma exaltação à paz.

Simples e belo assim, afinal aquela era a única alternativa que dispunha.

Entre o questionável e o justificável, obviamente que, naquelas circunstâncias, a segunda colocação era a mais coerente para entende-la correta em seu procedimento.

O mais digno e relevante, porém, é que, embora numa situação de fragilidade, mantinha seu semblante e postura com dignidade, e no seu portunhol perfeitamente compreensível, com educação e meiguice, e longe de qualquer conotação piegas, pedia uma ajuda que a possibilitasse manter-se esperançosa de poder voltar à sua terra, pois lá permanecera sua filha.

Diante daquela situação, haveria alguma razão para questioná-la, ou simplesmente entender sua aspiração, legitima por sinal, pois, afinal, era o dia das mães.

Carlos Roberto de Oliveira

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