A evolução do GNV – Gás Natural Veicular

É cada vez maior a evidência que o Gás Natural Veicular (GNV) pode se tornar uma alternativa ainda mais interessante para o consumidor brasileiro. O governo acena na busca por preços menores e mais competitivos e a tecnologia faz sua parte para manter o GNV eficiente nos mais diversos tipos de veículos.

Embora em outros países o GNV já seja utilizado para veículos pesados, no Brasil o combustível abastece veículos leves, tendo então como concorrentes a gasolina e o etanol.

A indústria automotiva nacional também visualiza que o GNV tem gráfico crescente pela frente. A Fiat inclusive já oferece o Grand Siena preparado para receber a instalação do kit GNV em instaladoras certificadas pelo INMETRO, mantendo o período de garantia do veículo.

A Toyota já acena para a mesma aprovação utilizando o Etios e no próximo ano até o Corolla poderia ser disponibilizado a receber o GNV com garantia de fábrica. O Chevrolet Spin, queridinho no uso do transporte público também pode ganhar esse mesmo conceito de instalação em 2020.

Para o fabricante automotivo, certificar um veículo de fábrica, como já aconteceu com a própria Fiat e a Chevrolet, que trazia o modelo com o kit GNV instalado requer uma dificuldade maior, principalmente nas aprovações dos testes de segurança, gerando maior custo e principalmente no tempo mais longo para oferecer o veículo ao mercado.

Com essa alternativa, o consumidor tem a tranquilidade da manutenção da garantia do veículo, a instalação é certificada pelo INMETRO e a variedade de modelos é bem maior, garantindo mais segurança e opções ao mercado.


É sempre importante mostrar que a evolução é contínua no GNV. Os kits atuais podem ser aplicados numa variedade de modelos e tipos de motores.

Os kits atualmente mais utilizados são os de 3ª e 5ª geração. Na terceira observamos perda de potência no modelo instalado, menor durabilidade das peças, pouca tecnologia envolvida no processo de instalação e funcionamento – modelos com injeção eletrônica funcionam de forma similar a um carro com o antigo carburador.

Os kits de 5ª geração, mais aplicados atualmente, utilizam regulagem eletrônica, com todas as funções ativas do sistema de injeção do veículo, baixa perda de potência e bom desenvolvimento de velocidade, com baixa manutenção.

Cada vez mais populares, os motores turbinados e com injeção direta são a nova fronteira do gás natural veicular (GNV). No mercado já começam a surgir os kits de 6ª geração, direcionados para motores com sistema de injeção direta. Este equipamento supera a tecnologia do 5ª geração, mais avançado até então.

O veículo que possui um sistema de injeção direta não pode receber o kit de 5ª geração, somente o 6ª poderá ser utilizado nesse caso. Assim, como um carro com sistema de injeção eletrônica convencional também não poderá receber o 6ª geração.

Enquanto nos veículos com o kit de 5ª geração instalados, o combustível líquido é normalmente utilizado até o motor atingir a temperatura ideal de funcionamento e muda para o GNV, nos kits de 6ª geração, o consumo do combustível líquido acontece de forma simultânea com o GNV, em função da alta temperatura na câmara de combustão, que pode variar de 15% a 30% conforme o ciclo de rodagem do veículo.

Também conhecido pela sigla FSI, do inglês Fuel Stratified Injection, ou Injeção Estratificada de Combustível em tradução livre, o sistema de injeção direta de combustível permite uma queima mais inteligente, o que se reflete tanto em menor consumo e emissão de poluentes, quanto em maior eficiência.

Em outras palavras, é uma tecnologia que permite melhor aproveitamento do combustível, gerando mais energia com uma queima melhor administrada.

Assim como a injeção eletrônica convencional, o sistema de injeção direta também injeta combustível na cabeça dos cilindros e dentro da câmara de combustão, porém o faz com uma pressão muito mais alta, o que permite a economia e o maior controle sobre a queima (auxiliada também pelo controle da passagem de ar através de sensores e uma borboleta, como em qualquer sistema deste tipo).
Enquanto a pressão em um sistema de injeção eletrônica convencional varia entre 3 e 5 bar, nos injetores do sistema FSI eles ultrapassam 100 bar.

As tecnologias também estão evoluindo para tornar o GNV cada vez mais eficiente, permitindo maior aplicação em diversos tipos de motores, mantendo o bom rendimento do veículo, baixa manutenção e economia no bolso do consumidor.

 

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