Ah, a segunda-feira!

Nada mais arrastado e maçante que a manhã de segunda-feira. Aquela sensação de liberdade provocada pelo final de semana que se foi choca-se no reencontro com o politicamente correto.

Não se trata de perda de liberdade, mas da mutação da informalidade pelo comportamento engessado do convencionalismo social.

É muito bom dia prá cá, bom dia prá lá, quando, na realidade, o dia bom foi o ontem.

Porém, aspectos imperceptíveis de reinserção no cotidiano – normalmente gerados por agentes marginais de uma sociedade desigual – vão dando um colorido todo especial à vida naquele dia em que a característica é o ranço.

E nesse universo fantástico de personagens anônimos encontram-se as figuras de vendedores de bilhetes de loteria, mega sena, loto fácil, time-mania, sem contar os incansáveis e alegres malabares com suas peripécias transmitindo uma arte de rua que encanta a quem sensível ao mundo da magia, e, para complementar, o filho da mãe solteira cuja ignorância tem que sustentar.

Carlos Roberto de Oliveira

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