Casal de Curitiba constrói trem de jardim em frente de casa e realiza sonho de infância

O ferreomodelismo é um dos hobbies mais antigos do mundo, e sua origem remonta ao período em que o transporte ferroviário foi adotado massivamente. As primeiras miniaturas de trens foram fabricadas por volta de 1830, por artesãos alemães. De lá para cá, muita coisa mudou, principalmente no Brasil, onde o transporte de passageiros pelas ferrovias deixou de acontecer, com exceção dos passeios turísticos. Mesmo assim, a paixão de algumas pessoas por este hobby se intensificou.

De norte a sul do Brasil, muitas pessoas têm se interessado pelos trens elétricos em miniatura, seja por pura diversão, hobby ou mesmo para preservar a memória ferroviária do país. Mas em Curitiba, um casal foi além e construiu um trem de jardim, ou garden train, como estes projetos são chamados no exterior.

André Puttkamer é operador de guindaste, e Jenifer Puttkamer é dona de casa. Casados há 13 anos, em comum, além da idade, 36 anos, possuem a paixão por plantas e trens. Quando os dois se conheceram, o sonho deles era ter um jardim com lago e carpas coloridas em casa. Para unir as duas paixões, há três anos, resolveram construir algo inédito no Paraná: um jardim repleto de flores, lago, carpas e, claro, uma ferrovia cortando todo o espaço. Se os garden trains são bem conhecidos no exterior, por aqui são raros, daí a importância de se valorizar o projeto dos Puttkamer.

O casal realizou a obra na parte da frente de casa, em uma área de 24 m2. Depois de escolhido o local, a dupla escavou o lago que tem capacidade para 4.500 litros de água, em um solo rochoso e compacto. “Eu já tinha na cabeça todo o traçado da ferrovia, ou seja, o jardim foi construído em virtude dele. Hoje, é o nosso orgulho, e pelas suas linhas férreas rodam toda nossa coleção de trens, composta por cerca de 40 vagões e sete locomotivas, todos produtos da Frateschi”, diz André. A Frateschi é a única fabricante de trens elétricos em miniaturas e réplicas de composições reais na América Latina. A empresa está sediada em Ribeirão Preto, no interior paulista, e atua em todo o país.

Para realizar a manutenção, semanalmente o casal dedica algumas horas para poda das plantas, limpeza dos filtros dos lagos e inspeção dos trilhos. “Mesmo debaixo de chuva, a maquete funciona perfeitamente, o que demonstra a durabilidade dos produtos e do projeto, independentemente das condições climáticas”, enfatiza André.

Sua paixão por trens começou aos 7 anos, quando viu os primeiros trens elétricos da Frateschi e ficava inspecionando as peças. “Na época, fazia meus trenzinhos com embalagens de talco, que eram quadradas, e os trilhos, com raios de bicicleta, prendedores de roupas e gravetos. Fazia tudo isso no quintal de casa, e essa ideia nunca mais saiu da minha cabeça”, conta André, que, por participar de grupos de pessoas amantes do ferreomodelismo na Europa, Estados Unidos e Austrália, seu projeto é conhecido fora do Brasil.

Ao ser indagado sobre o motivo de não ter construído uma maquete convencional, dentro de casa, a resposta é simples: “O trem de jardim é dinâmico, enfrenta chuva e sol e pode rodar a qualquer hora do dia e da noite. Além disso, é prazeroso ver os vagões de minérios realmente sujos, dá uma sensação real de pilotar um pequeno trem, acelerando nas rampas e segurando-o nas descidas”, conclui.

Fonte: assessoria

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