A profissão
Muito além de desfiles e tendências em roupas e acessórios, o mercado da moda é extremamente abrangente e está em constante expansão. No Brasil, o segmento é o segundo maior gerador de empregos no país e de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções (ABIT), possui mais de 32 mil empresas que empregam cerca de 1,5 milhões de pessoas, podendo chegar a 8 milhões considerando os empregos informais.
Acompanhando o crescimento do setor, surgiram diversas opções de qualificação para quem busca capacitação no segmento. No ano passado o Brasil já possuía mais de 100 cursos e faculdades de moda, e as opções de carreira para este profissional estão cada vez mais amplas.
Segundo Celinha Buschle, supervisora do curso de design de moda do Centro Europeu, de Curitiba, um dos mais conceituados do país, a formação em design de moda permite que o especialista atue como estilista, criador, produtor (de passarela e editorias), figurinista, vitrinista ou consultor de estilo. “O curso visa despertar no estudante uma visão abrangente do seu campo de atuação, preocupada com a qualidade, estética e viabilidade técnica e comercial do produto. Ele será capaz de criar linhas de roupas, dar soluções técnicas baseadas na relação do indivíduo e da vestimenta, definir o custo do produto, entre outras funções”, detalha a especialista.
Embora seja uma profissão bastante glamurizada, a formação em design de moda exige muita dedicação e conhecimento. O profissional precisa desenvolver habilidades tanto práticas como teóricas, desde técnicas de desenho, costura, modelagem e identificação e classificação de materiais têxteis, até a história da moda e planejamento e gestão de coleções.
Quanto ao perfil buscado para o profissional da área, Celinha Buschle afirma que o principal é ser criativo e inovador. “Mais do que se manter atualizado quanto às tendências e coleções nacionais e internacionais, o designer de moda precisa ser flexível, estar atento e buscar referências que lhe ajudarão a criar peças originais, a partir de seu próprio conhecimento. Este é o grande diferencial de um bom profissional”, completa.