Conheça o Vaticano, o menor país mundo

Saber como é a cidade do Vaticano é uma pergunta que não sai da cabeça de muitos viajantes ou religiosos. É tanta curiosidade cercando a sede da Igreja Católica Apostólica Romana que o país é sempre considerado o mais visitado do mundo. Somente em 2016 foram cerca de milhões de turistas.
Se você está na lista daqueles que ficam se perguntando como é a cidade do Vaticano saiba que essa é uma cidade-Estado que foi nomeada como o menor país do mundo. Localizada dentro da cidade de Roma, ela possui apenas 44 hectares e 800 habitantes, mas mesmo com poucos tamanho e moradores ela também conta com selo, correio, hino e bandeira.

Mas, o que mais podemos te dizer sobre como é a Cidade do Vaticano de forma geral?

Bom, vamos começar pela bandeira. Você sabia que ela é uma das poucas do mundo que possuem o formato quadrado, sendo composta por dois retângulos na vertical, um amarelo e outro branco no qual está o brasão de armas com as chaves de ouro e prata que simbolizam as chaves do Reino dos Céus, oferecidas a São Pedro?
A importância do Vaticano é tamanha que, em 1984, ele foi reconhecido como Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO. O detalhe é que ele é o único país inteiro a receber o título.
Apesar de ser uma quadra dentro de uma cidade italiana, o Vaticano é o único país que não tem uma língua oficial. Devido a sua posição geográfica, muitos documentos são escritos em italiano, mas não há nenhuma lei que obrigue o uso do idioma.
Para conseguir visitar de forma tranquila, sem nenhum perrengue climático é importante conhecer as estações do ano. Lá, a primavera e o outono são as estações que recebem a chuva, principalmente entre novembro e abril. O verão é úmido, quente e potencialmente seco. O inverno chove pouco, faz bastante frio e neva várias vezes.
Além disso, vá preparado para passar mais dias, pois há muito o que fazer por lá. Se optar por todos os passeios: cúpula, museus, jardins e tour pelas catacumbas, um dia apenas não será suficiente. Lembre-se também que há passeios, como as catacumbas e os jardins, onde é preciso reservar com bastante antecedência.

Como surgiu o Vaticano?

A palavra Vaticano deriva do latim “vates, que significa vidente e adivinho.
A Igreja Católica existe há 2 mil anos, mas a soberania do Vaticano surgiu como cidade-Estado apenas em 11 de fevereiro de 1929, após a assinatura do Tratado de Latrão. As terras onde está o menor país do mundo foram doadas no ano de 756 por Pepino, o Breve, rei dos francos.
O Estado da Cidade foi criado com a assinatura de um acordo entre a Santa Sé e o premiê italiano Benito Mussolini. Os fascistas indenizaram o Vaticano em 1,75 bilhão de liras pelas terras tomadas durante a unificação italiana, em 1870.
Antes do Vaticano, os papas viviam no Palácio de Latrão, em Roma. De 1309 até 1377, a igreja foi comandada em Avignon, na França, e por lá houve sete papados. Durante o retorno do governo episcopal a Roma, o antigo palácio foi destruído em um incêndio e o Vaticano passou a ser a sede da Igreja.

Como é o governo do Vaticano

A Cidade do Vaticano é um Estado eclesiástico ou teocrático-monárquico, governado pelo bispo de Roma, o Papa. Assim sendo, a forma de governo do Vaticano é a autocracia, isso porque os 3 poderes (executivo, legislativo e judiciário) estão concentrados na figura do Papa. Ou seja, ele possui autoridade suficiente para criar e promulgar leis sem ter que consultar ninguém.

Quem nasce no Vaticano é?

Bom, lamentamos informar que não há uma cidadania obrigatória. Calma, nós vamos explicar. É que atualmente apenas cerca de 450 pessoas têm a cidadania reconhecida no Vaticano.
Mas por que estamos falando de adquirir o reconhecimento? Acontece que o fato de nascer no Vaticano não garante a cidadania a ninguém. Para ser um cidadão é preciso trabalhar na cidade-Estado. Entretanto, esse é um estatuto temporal, pois se você perde o emprego, também perde a cidadania.

Vaticano e a religiosidade
O Vaticano considera Simão Pedro, um dos 12 apóstolos de Jesus, como o primeiro Papa. Por esse motivo ele recebeu o nome de São Pedro.
Como mencionamos antes, a maior parte dos funcionários públicos são todos clérigos católicos de diferentes origens raciais, étnicas e nacionais. Ou seja, todos são praticamente cardeais ou então cavaleiros da Guarda Suíça. O curioso é que, desde 2008, padres e arcebispos têm de bater ponto obrigatoriamente, com um cartão eletrônico, cada vez que entram ou saem do Vaticano.
Fundada em 1506 por Júlio II, a Guarda Suíça, por exemplo, é um grupo com roupas medievais coloridas, responsável por proteger o papa, cuidando da vigilância de honra das entradas da cidade e dos aposentos papais. Para fazer parte dela, é preciso ter nascido na Suíça, ser homem, católico, solteiro, ter no mínimo 1,74 m de altura e idade entre 19 e 30 anos. Uma vez que o país não tem exército. Enquanto isso, a segurança armada fica por conta da polícia italiana.
Segundo o pesquisador Nicola Barber em seu livro “Rome”, o Palácio Apostólico, local oficial onde reside o papa, tem 5 mil quartos, 200 salas de espera, 22 pátios, 100 gabinetes de leitura, 300 banheiros e dezenas de outras dependências destinadas a recepções diplomáticas.
No país, casais que queiram a separação ainda encontram barreiras, pois, além das Filipinas, o Vaticano é um país que não possui a lei do divórcio, fazendo com que um casamento tenha que durar a vida inteira. Para tal, a única possibilidade, porém muito burocrática, é conseguir anular o casamento.
Mas para saber melhor como é a cidade do Vaticano é preciso chegar lá!
Primeiro é preciso ir para a Itália, mais especificamente para Roma. Então, se você já estiver por lá, já será meio caminho andado. Até porque não existem aeroportos no Vaticano. Apenas um heliponto e uma ferrovia de bitola padrão conectando-se à rede da Itália e à estação de São Pedro de Roma.
Então, basta pegar o metrô de Roma, descer na estação Ottaviano e seguir junto com uma infinidade de turistas pela Via della Conciliazione, uma avenida que liga a Praça de São Pedro ao Castelo de Santo Angelo, que fica às margens do Rio Tibre. Entretanto, a avenida não é parte do Vaticano, uma vez que esse é o único país do mundo que não tem nenhuma avenida, apenas ruas.
Depois de alguns minutos de caminhada você chegará, finalmente, à Praça de São Pedro.

Praça São Pedro

Sua remodelação foi um projeto do Bernini entre 1667 e 1677. A ideia do formato de ferradura é para que as multidões consigam avistar o Papa. Em ocasiões especiais, até 400 mil pessoas se aglomeram por ali.
Logo na chegada, no centro da praça, você já se depara com o obelisco que está por lá há quinhentos anos.
Há ainda duas fontes, ambas com séculos de existência. A primeira, ao norte da praça, foi projetada por Carlo Maderno, entre 1612 e 1614. Já a segunda é uma criação de Bernini feita entre 1667 e 1677.
Além disso, o local também conta com 284 colunas alocadas em filas de quatro. Acima, 140 estátuas de santos completam a decoração, todas com 3,20 metros e feitas pelos alunos de Bernini. Se você olhar com atenção, também verá o brasão do Papa Alexandre VII, que ordenou a remodelação da Praça.
Museu do Vaticano:
Cerca de 4,5 milhões de pessoas passam por ele todos os anos. Também pudera, aqui está uma das maiores coleções de obras de arte do mundo: são cerca de 70 mil, mas apenas 20 mil delas são expostas ao público. São tesouros fantásticos e você não vai se arrepender!

Capela Sistina: 

É aqui que ocorrem as eleições para um novo papa. Localizada dentro do Palácio Apostólico, o local é famoso por abrigar trabalhos de Michelangelo, Rafael, Bernini, Botticelli, entre outros. O teto da Capela Sistina, por exemplo, feito por Michelangelo, é uma das pinturas mais admiradas do mundo.
A má notícia é que para visitar o local é preciso enfrentar uma multidão, mas há outra possibilidade, a de fazer um tour privado com grupos de até 12 pessoas, entretanto você gastará algumas centenas de euros.
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Basílica de São Pedro:

Essa é, provavelmente, a igreja mais importante para os católicos, além de ser uma das mais visitadas do mundo. Artistas importantes como Rafael, Bernini e Michelangelo trabalharam em sua construção entre 1506 e 1626. No entanto, para visitar esse espaço, você terá que encarar uma fila gigante.
Seus grandes destaques são a Pietá, feita por Michelangelo, a passagem secreta subterrânea para visitar os túmulos dos antigos Papas e o domo, onde, para chegar nele, é preciso subir 130 metros por 551 degraus até o topo da estrutura.

Outras curiosidades sobre o Vaticano

– Em média, os habitantes do Vaticano consomem 54,26 litros de vinho por ano. Eles estão entre os maiores consumidores per capita no mundo. A verdade é que muito dessa bebida é servido durante a comunhão nas igrejas;
– Aqui uma má notícia, o Vaticano é o paraíso dos batedores de carteira. O local é considerado a cidade com maior criminalidade do mundo – 1,5 crimes por habitantes todos os anos, ou seja, acontecem cerca de 2 crimes por habitante por ano! O grande problema é que na cidade não existem prisões de longa duração, o que faz com que essa estatística aumente. A maior parte dos delitos é cometida por turistas;
– O Vaticano não faz parte da União Europeia, mas adotou o euro como moeda. O dinheiro do país é cuidado pelo Banco do Vaticano, fundado em 1887 para administrar as finanças da Igreja. Oficialmente, a economia do Estado está baseada em donativos e nos juros dos investimentos de seu patrimônio. Ainda nesse sentido, o banco do Vaticano é o único do mundo que concede transações em latim, inclusive nos caixas eletrônicos;
– A nação também conta com emissoras de TV e rádio próprias, além de um jornal impresso. Mesmo não sendo integrante da ONU, tem ali observador permanente, com acesso a documentos e debates em todos os programas.
– O Vaticano possui 12 feriados oficiais e 4 variantes. Um deles é o dia da eleição do papa em exercício, considerado feriado nacional;
– A Seleção de Futebol do Vaticano é composta por cidadãos. Além disso, ela é uma das oito nações soberanas que não são filiadas a FIFA.
– Para telefonar para o Vaticano, o código é 379.
– Os sites criados por lá, têm final “.va”.
Fonte: Aquila Company

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