Corrida contra o câncer: mais de 500 pessoas participam de evento de alerta sobre o melanoma, em Foz do Iguaçu (PR)

 

Mais de 500 pessoas de várias partes do Brasil, e também do Paraguai e da Argentina, participaram da iniciativa cujo principal objetivo foi conscientizar os atletas e a população sobre o melanoma. A doença é considerada o câncer de pele mais perigoso e letal. Todos os anos, são registrados mais de 6 mil novos casos no País. Desses pacientes, 1.600 morrem.

“A Itaipu se orgulha de apoiar eventos e movimentos como este, que reúne esporte, conscientização e informação. Neste caso, a proposta foi alertar sobre uma doença que pode levar à morte”, afirmou a superintendente de Comunicação Social da Itaipu, Patrícia Iunovich, que participou da caminhada ao lado do marido, o jornalista Cláudio Dalla Benetta.

Os primeiros atletas chegaram 25 minutos após a largada da corrida de 7,7 km e da caminhada de 4,4 km. Na categoria masculina, o primeiro a cruzar a linha de chegada foi o paraguaio Fabian Marcel, seguido de Moisés Hermes e Uriwagner Fonesi de Oliveira. No feminino, Patrícia Zanchet foi a primeira a concluir a corrida, seguida de Shirley Malkoski e Jéssica de Oliveira.

Todos os participantes ganharam medalha para lembrar da participação no evento e dos cuidados para evitar o câncer. O kit entrega aos atletas tinha dois itens essenciais para prevenir o melanoma: protetor solar e camiseta com proteção UV. Um totem instalado no Gramadão, e com protetor solar disponível aos atletas, ajudou os corredores a reforçar a proteção.

“Com certeza, cada um desses participantes nos ajudará a divulgar os perigos do melanoma”, disse a presidente do Instituto e gerente da Divisão de Relações Públicas da Itaipu, Rebecca Montanheiro. “Praticar esporte é essencial para ter uma vida saudável, mas é preciso proteger a pele, sempre. E evitar a exposição ao sol nos horários impróprios, ou seja, das 10h às 16h.”

A campanha “Eu protejo Minha Pele”, começou em maio, considerado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) como o mês internacional de prevenção ao melanoma. Durante sete meses, foram realizadas várias palestras e atividades de conscientização sobre a doença em todo o Brasil, encerradas em dezembro.

Rebecca explicou que a corrida e caminhada estão alinhadas à proposta do Dezembro Laranja deste ano, que teve como mote a prática de esportes”. “Por esse motivo, nada melhor terminarmos as atividades com uma corrida no mês de proteção ao câncer de pele.”

Integração

Embora a largada estivesse marcada para as 8h, atletas começaram a chegar ao Gramadão logo depois das 7h. Eles aproveitaram para fazer avaliação da pele, participar de um aquecimento e tomar um café da manhã.

O auditor da Itaipu, Márcio Ribeiro Luzia, participou do evento ao lado da namorada, a fisioterapeuta Graziella Rosas. “Não temos o hábito de correr, mas esta corrida tem uma causa nobre, que precisávamos prestigiar”, disse Márcio.

Diferentemente do casal, a funcionária pública Floraci Ramos é uma adepta das maratonas e corridas e disse ter o mesmo propósito do auditor, prestigiar a iniciativa. “Sou de Brasília e estou em Foz a trabalho. Não poderia deixar de participar de uma ação tão importante.”

A dona de casa Patrícia Rosswag tinha um motivo ainda mais especial para participar. Há pouco mais de oito meses, ela descobriu um melanoma nas costas. “Iniciou como uma manchinha, que coçava muito e depois começou a crescer. Era melanoma. Fiz duas cirurgias e levei 52 pontos”, afirmou.

Ela conta que, ao longo da adolescência, ia à praia quase todos os dias, quando morava no Rio de Janeiro. “Até sinto vergonha de dizer, mas nunca usei protetor solar. Pelo contrário, usava todos os tipos de acelerador de bronzeamento”, disse.

O melanoma

O câncer  de pele é o tipo de maior incidência no Brasil e, sozinho, apresenta  mais  casos  do  que  os  outros  17  tipos  de tumores, segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

O melanoma é um tipo de câncer de pele originado nos melanócitos – células que produzem a melanina, substância responsável pela cor da pele.  Apesar de menos comum, pois representa apenas 5% dos tumores malignos de pele, é o de maior gravidade e mortalidade, devido a sua grande capacidade de produzir metástases – quando as células tumorais comprometem outros órgãos.

Instituto

O Instituto Melanoma Brasil é uma organização não governamental sem fins lucrativos que atua na divulgação e conscientização sobre o melanoma. Entre seus objetivos está o de promover a educação sobre a importância do autocuidado, da prevenção e do diagnóstico precoce para toda a população.

Além de produzir ações de comunicação, o Instituto também acolhe, incentiva   o relacionamento e troca de experiências entre pacientes diagnosticados com a doença e os apoia em sua jornada contra o melanoma. A organização nasceu em abril de 2014, após o diagnóstico de melanoma de sua idealizadora, Rebecca Montanheiro.

O Melanoma Brasil conta também com Comitê Científico, formado por médicos dermatologistas, oncologistas, cirurgiões e psicólogos, e coordena o Grupo de Apoio e Acolhimento a Pacientes, hoje com mais de 250 pessoas cadastradas. A instituição tem a chancela e apoio institucional da fundação norte-americana AIM AT Melanoma e do Grupo Brasileiro de Melanoma (GBM).

 

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