A comemoração foi ainda maior com a vitória do brasileiro Pedro Rafael Marques, o Pedrinho, que, além de levar o título da etapa, emplacou o recorde mundial de pontuação ao conseguir incríveis 533,71 pontos. O recorde anterior – 400 pontos – já pertencia a ele.
Na cerimônia de premiação, ainda na noite de domingo, o campeão não conseguiu conter a emoção. “Esse sempre foi meu sonho e agora consegui realizar. Estou muito emocionado, ainda mais com essa torcida toda festejando com a gente. Ainda não estou acreditando”, disse Pedrinho, em lágrimas.
O jovem de 19 anos nasceu em Jericoacoara, mas vive hoje em Fortaleza, capital do Ceará. Com simpatia de sobra, ele conquistou o carinho do público, que torceu por ele do começo ao fim das batalhas.
O vice-campeão foi Felix Carrera, brasileiro naturalizado americano que vive hoje nos Estados Unidos. Carrera foi campeão do mundial em 2014 e em Foz do Iguaçu chegou à marca de 401,52 pontos. O chileno Abraham Hernandez assegurou a terceira colocação, com 384,87 pontos. Diogo Fernando, de Blumenau (SC) ficou em quarto lugar, com 351,2 pontos.
Feminino
A atleta Giovanna Petrucci, do Rio de Janeiro, garantiu o título do Campeonato Brasileiro Feminino. Giovana já possui dois títulos mundiais em seu currículo. Luana Duracel, de São Paulo, foi a segunda colocada; a iguaçuense Dalva Machado ficou em terceiro lugar.
Futuro
Para o organizador do evento e presidente da Adere (Associação de Desenvolvimento de Esportes Radicais e Ecologia), Marcelo Penayo, o Mundial superou todas as expectativas, tanto de organização quanto dos atletas.
“Nós da Adere trabalhamos muito para que tudo desse certo. O resultado foi esse evento maravilhoso, que mobilizou desde atletas internacionais até a comunidade de Foz do Iguaçu. Já estamos pensando em nossos próximos eventos e vamos com tudo”, comemorou.
A Itaipu Binacional, que promoveu em conjunto com a Adere o campeonato mundial de slackline, pretende continuar apoiando novas edições. Segundo o superintendente de comunicação social da Itaipu Binacional e também presidente do Fundo Iguaçu, Gilmar Piolla, o evento consolida Foz do Iguaçu como destino de esportes radicais.
“Capital do Slackline”
“É um evento de uma modalidade nova, mas com muitos adeptos no mundo inteiro, especialmente no Brasil. E vem exatamente na linha do que estamos buscando fazer para renovar a identidade do Destino Iguaçu com os novos públicos consumidores de turismo. É algo que permite que Foz do Iguaçu se consolide como um destino de esporte de ação do Brasil”, disse Piolla.
E adiantou: “É um evento que veio para ficar e pretendemos, a partir de agora, incluir no calendário de eventos da cidade, junto com a Meia Maratona, o Festival de Turismo e as demais competições. Foz é um chamariz, não só no esporte, mas para todos os tipos de evento. Queremos nos tornar a capital do Slackline no Brasil”.
Depois da premiação aos atletas vencedores, o campeonato foi finalizado comum show da banda Oriente, do Rio de Janeiro, que aproveitou a arena lotada para gravar seu DVD. A banda Oriente também foi parceira da Copa do Mundo do Slackline.
Classificação geral
Pela nova regra de arbitragem, os oito primeiros colocados do mundial são classificados. Entre os oito, estão quatro brasileiros e um brasileiro naturalizado americano. Todos receberão prêmios em dinheiro, num total de US$ 20 mil.
Pontuação
Pedro Rafael (Fortaleza – CE) – 533,71
Felix Carrera (EUA) – 401,52
Abraham Fernandez (Chile) – 384,87
Diogo Fernando (Blumenau – SC) – 351,2
Alex Mason (EUA) – 330,89
Cleyton Silva (Guarujá – SP) – 295,32
Luke Diestel (Alemanha) – 291,91
Rafael ‘Backbounce’ (Vitória-ES) – 273,94
Texto: Thays Petters com Gerson Filho
Fotos: Marcos Labanca e Nilton Rolin