Executivos da General Motors (GM) estiverem na ExpoLondrina na última quinta-feira (5) visitando o estande da Metronorte, concessionária Chevrolet na cidade. A reportagem da Sobre Rodas conversou com Rodrigo Perencin, gerente de marketing, e Rogério Sasaki, gerente de marketing de produto da GM Mercosul, sobre liderança, expectativa de mercado e planos de eletrificação.
Para os executivos, os 30 meses de liderança da marca no mercado brasileiro têm tudo a ver com pioneirismo e tecnologia embarcada nos veículos, com destaque para o conjunto multimídia My Link e On Star. Com o My Link, a Chevrolet introduziu os sistemas multimídia no segmento de automóveis de entrada; recentemente, inovou com a disponibilização do Waze para os motoristas.
Carro mais vendido na América Latina, o Chevrolet Onix já emplacou mais de 40 mil unidades no Brasil em 2018 e caminha para o 4º ano consecutivo como mais vendido do País.
“Mas não é isso que nos move. A liderança é consequência de um trabalho que a gente já vem fazendo ao longo de quase cinco anos, de uma renovação total do nosso portfólio, que colocou o Onix como carro mais vendido do Brasil por diversos atributos que ele traz como diferencial”, argumenta o executivo.
De acordo com Perencin, o Onix – lançado em 2012 – foi pensado para ser um carro com qualidade e tecnologia, característica que tem sido fundamental na decisão de compra do consumidor. Ele aponta, ainda, a economia de combustível como um dos fatores determinantes na escolha.
“Hoje o consumidor tem uma cabeça muito financeira, sobretudo nos últimos três anos”, diz.
SUVs
Já no segmento de SUVs, o que mais cresce hoje no Brasil, a Chevrolet vive uma situação paradoxal: é uma das poucas marcas com portfólio completo, ou seja, representantes nas três categorias (compactos, médios e premium), porém, nenhum entre os mais vendidos. Perencin destaca os diferenciais da família, composta por Tracker, Equinox e Trailbrazer.
“Eu trago a Tracker, único turbo da categoria, baixíssimo consumo de combustível, dirigibilidade fantástica, um carro que pega tudo isso que o consumidor tem buscado; depois a gente entra com a Trailblazer, que disputa no segmento Premium, com dois motores, gasolina e diesel, e versão de 7 lugares com os bancos rebatíveis; e faltava a cereja do bolo, essa fatia do meio do mercado, e aí veio a Equinox. Ela traz motor 2.0 turbo, de mais de 250 cv. A gente tem dúvida se é um SUV ou um esportivo quando dirige”, garante.
Para Rogério Sasaki, gerente de marketing de produto, um posicionamento melhor neste segmento é apenas questão de tempo. “Não despontamos na liderança mas a gente vai surpreender. Completamos a família com Equinox, que é um tremendo sucesso, tem fila de espera. Já a Tracker está num mercado bastante competitivo, mas cresceu muito, de uns 3% de share neste segmento para cerca de 10%, 12%”, ressalta.
Elétrico
A GM tem planos de ser pioneira também em eletrificação, por isso, planeja trazer o Bolt para Brasil já em 2019. Segundo noticiou a revista Quatro Rodas no mês passado, a ideia seria ofertar o veículo 100% elétrico em um sistema de aluguel, o que o viabilizaria comercialmente, já que o preço não deve ser dos mais acessíveis.
A falta de infraestrutura no Brasil, no entanto, deve ser um empecilho para a tecnologia elétrica, já que o País conta com pouquíssimos postos de abastecimento. O Paraná conta com postos em Curitiba e, recentemente, anunciou investimentos em outros municípios do Estado, inclusive Foz do Iguaçu.
Os planos da GM também ainda podem esbarrar no Rota 2030, plano para o setor automotivo que está sendo gestado pelo Governo Federal e que vai tratar das cotas de importação, uma vez que o Bolt é fabricado nos Estados Unidos. Porém, ciente de tudo isso, Perencin enfatiza a visão de pioneirismo da montadora.
“A Chevrolet quer ser pioneira mais uma vez trazendo um carro 100% elétrico e que dá ao cliente a flexibilidade de poder carregar seu carro em casa, com poucas horas de carga na tomada normal”, destaca. O preço do Bolt nos EUA gira em torno de US$ 35 mil.
Cecília França