Esclerose Múltipla, uma doença silenciosa que atinge mais 40 mil brasileiros

 

Para o neurologista do aplicativo Docway Dr. Eric Grossi, a grande dificuldade está justamente no desconhecimento quanto a doença. “A maioria da população, inclusive os médicos não neurologistas, não sabe o que é a Esclerose Múltipla, seus sintomas e tratamento, por isso é tão importante alertamos sobre o assunto”, comenta. Os primeiros aspectos que devem ser esclarecidos são: a Esclerose Múltipla não é uma doença mental, não é contagiosa, existem sim, métodos de prevenção e apesar de não existir cura, com os avanços da medicina hoje, é possível tratar os sintomas e, mais importante, retardar o processo de evolução da doença.    

É uma doença neurológica, crônica e autoimune, as células de defesa do próprio organismo atacam o sistema nervoso central o que provocam lesões cerebrais e medulares. Com causas desconhecidas, a doença passou a ser foco de estudos no mundo todo, o que tem ajudado de forma significativa na melhoria de vida dos pacientes. Segundo o médico, a grande maioria dos casos de EM acontecem em mulheres jovens, e pode ter os mais variados sintomas como: cegueira súbita, visão dupla, fraqueza muscular, alteração do equilíbrio ou da coordenação motora, fadiga intensa, depressão, dores articulares, além de disfunções intestinais e na bexiga.  

Existem algumas doenças que tem sintomas semelhantes aos do Esclerose Múltipla, e só um médico especialista será capaz de identifica-los corretamente. Em caso de suspeitas da doença, é importante que a pessoa procure um neurologista para que ele possa investigar, chegar ao diagnóstico correto e começar o tratamento. “Vale ressaltar que existem três formas de esclerose múltipla, sendo a mais comum no Brasil, aquela que evolui de forma paroxística, ou seja, em crises de sintomas agudos (denominados surtos) e períodos longos de calmaria (denominados de remissão, onde há melhora ou ausência de piora). Até pouco tempo, somente as crises eram tratadas, mas já há alguns anos, dispomos de medicamentos, inclusive distribuídos pelo sus, que ajudam a evitar essas crises, melhorando assim a evolução da doença”, explica.    

Os tratamentos hoje disponíveis, reduzem a atividade infamatória causadora das lesões no sistema nervoso central, contribuindo para uma redução da incapacidade e melhorando a qualidade de vida dessa pessoa. “Estamos avançando quanto ao conhecimento e os tratamentos da Esclerose Múltipla, mas é um longo caminho, por isso, um acompanhamento adequado faz toda a diferença na vida do paciente. Cada caso é um caso diferente, todos devem ser avaliados e tratados individualmente, chegando assim ao melhor tratamento possível para cada paciente”, finaliza o neurologista. 

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