Segundo o arqueólogo, Carlos Alberto Etchevarne, que acompanha a expedição, foi possível chegar a esta conclusão após meses de pesquisas. A equipe dele (formada por sete pessoas) há quatro anos foi até a Serra das Paridas para estudar as pinturas rupestres, sua especialidade há mais de 30 anos. Durante mais de 10 dias, além de analisar cada um dos traços deixados nos paredões de rochas, eles fizeram algumas escavações. Em uma delas, quando atingiram 40 centímetros abaixo da areia, encontraram fragmentos de duas fogueiras. “Encontramos resquícios sílex (rocha sedimentar) e material radioativo de baixa radioatividade (carvão). A matéria-prima foi enviada para um laboratório americano que atestou a idade do material: 8 mil anos”, disse.
Etchevarne explicou que levaram 10 dias de escavações porque há toda uma técnica. Eles utilizaram espátulas e pinceis. Tudo com muito cuidado para não alterar a originalidade do local. Depois de retirar as amostras, cobriram o carvão com uma lona. E por fim, utilizaram uma outra coloração de areia para fechar o buraco. “Se um outro grupo vir pesquisar no local, saberá que algum arqueólogo já esteve ali”, disse.
E completou: “Não foi na primeira escavação que encontramos os restos da fogueira. Às vezes trabalhamos muito antes de encontrar alguma mostra”.
Embora o arqueólogo não afirme que as pinturas nos paredões tenham a mesma idade da fogueira, elas representam o comportamento de um povo que viveu na região há muitos anos.
Um dos desenhos que mais chama a atenção são imagens de mulheres em posição de cócoras. Também símbolos masculinos e femininos, muito usados na Europa.
Essas imagens somadas a lenda de que há muitos anos os catadores de mangaba (fruta típica da região) diziam que as vacas prenhas saiam das fazendas em direção ao morro para parir.
À procura do início do Brasil
Os expedicionários saíram da cidade de Morro do Chapéu e seguiram a bordo de 15 unidades Nissan Frontier até a Serra das Paridas. Foram quase 200 quilômetros de viagem. Na maioria do tempo em estradas de barro. A picape com motor 2.3 bi-turbo diesel se mostrou bastante econômica, fazendo uma média de 10,7 quilômetros por litro de combustível. Em alguns trechos foi utilizada a tração 4×4.
Durante todos os trajetos foi possível comprovar a modernidade do carro que ganhou uma estrutura ainda mais resistente, com um chassi reforçado, ao mesmo tempo que é leve e eficiente. Com oito barras transversais, conta com um outro chassi sobreposto por dentro com soldas contínuas, chamado de duplo “C”. Assim, o veículo fica ainda mais resistente às tensões da torção da carroceria.
Repleta de tecnologias permite extrair o máximo em desempenho no fora-de-estrada e garantir uma condução confortável, enquanto itens inéditos para o modelo estão a serviço do condutor. Entre eles, o Controle Automático de Descida (HDC) e o Sistema de Auxílio de Partida em Rampa (HSA). Ambos sistemas atuam automaticamente nos freios do veículo para controlar descidas íngremes ou saídas do carro da imobilidade em subidas.
A linha da Nissan Frontier conta com duas versões SE e LE, ambas com cabine dupla, tração 4×4 e equipadas com o novo e moderno motor diesel 2.3 com duplo turbo.
Nesta quinta-feira (26) a expedição segue para o Morro do Pai Inácio, na cidade de Lençóis.
Abilene Rodrigues