Uma sexta-feira de uma semana qualquer, próximo de um horário sugestivo – 11:30 horas – sem preocupações com quaisquer tipos de cobranças, seu destino estava traçado e o conduzia, irremediavelmente, a um local em cujo convívio normalmente o sentimento maior era o de liberdade e fraternidade: o boteco.
E ao adentrá-lo, como um ilustre desconhecido, a energia recebida era altamente positiva, e para melhor caracterizá-la, aumentando sua auto-estima, inclusive, precedido de um bom dia lá vinha uma expressão mágica, um tanto jocosa, mas válida: o doutor vai tomar o que?
Na retribuição do bom dia, e dentro do espírito de interatividade, a resposta ao pedido: um amargo e uma loira gelada.
Taí doutor uma bela composição cuja metamorfose transformará o amargo em doce e a loira gelada em uma agradável sensação de calor, disse o garçom.
E como que a aumentar a doçura e o calor, intermináveis “saideiras”…
Quando deu por si, a tarde começava a se despedir como que a sugerir uma noite feliz.
Carlos Roberto de Oliveira