Fundo facilitará financiamento de pesquisas no Oeste

A necessidade de criar um fundo regional para financiar pesquisa no Oeste foi uma das demandas levantadas durante o Workshop Sistema Regional de Inovação (SRI), promovido pelo Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), na última sexta-feira (17), na sede do Sebrae, em Cascavel.

O evento reuniu cerca de 120 pessoas entre representantes da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, empresas privadas, cooperativas e universidades da região. O objetivo foi aproximar e incentivar empresas e indústrias a utilizarem pesquisas de instituições de ensino local em seus negócios. Assim, os custos seriam reduzidos e, ao mesmo tempo, incentivaria a ciência.

Fundo

Detalhes da criação do Fundo Regional de Inovação serão debatidos no dia 27, no Parque Tecnológico em Foz do Iguaçu, mas a proposta inicial é que seja utilizado para promover pesquisas de interesse do território. O fundo deverá ser mantido pelas próprias empresas.

Jonhey Nazário Lucizani, representante do PTI no Oeste em Desenvolvimento, explicou que, hoje, há pouco investimento em pesquisa, sobretudo, em temas relacionados às demandas das cadeias produtivas do território. “Temos poucos recursos e os pesquisadores tem tradição em estudar alguns temas já definidos. Com recursos do Fundo podemos ampliar esta linha de pesquisa”.

Um dos exemplos está na piscicultura. A maioria da verba para esta área é utilizada para financiar estudos de espécies nativas do Brasil, como Pacu e Tambaqui. Entretanto, a Tilápia, considerada um peixe exótico, representa 95% da produção de pescado na região. “Para nós, é essencial pesquisarmos como melhorar a produção de Tilápia e não os demais pescados”.

O diretor financeiro da Farmacêutica Prati Donaduzzi, Antônio Torquato, avalia como positiva a criação do Fundo Regional. “Muitas das necessidades das empresas regionais são parecidas. Com certeza esse fundo trará muitos benefícios tanto para as indústrias como pesquisadores do Oeste”.

Outra necessidade levantada durante o seminário em Cascavel para aproximar empresas de pesquisadores é o mapeamento dos ativos tecnológicos. A ideia é cadastrar em um portal eletrônico empresas e indústrias interessadas em inovação bem como instituições capacitadas para atender as demandas. Dessa forma, será possível evitar que as empresas importem pesquisas quando as instituições da própria região têm capacidade de atendê-la. “Temos aqui vários centros de pesquisa, mas as indústrias e cooperativas desconhecem e acabam contratando consultoria externa. Com isso, o custo acaba ficando muito alto. Muitas desistem”, explicou Lucizani.

Educação

Oeste em Desenvolvimento trabalhará também para tentar inserir na grade curricular das instituições de ensino, disciplinas sobre inovação e empreendedorismo. “A estruturação do SRI vem para suprir vários gargalos existentes nas cadeias produtivas, como também criar um ambiente favorável aos profissionais que acabam deixando a região por falta de oportunidade”, explicou o presidente do Oeste em Desenvolvimento, Mário Costenaro.

Todas essas ações farão parte de um Sistema Regional de Inovação – caracterizada por uma rede de parceiros formada por instituições de ensino, iniciativa privada e agências de fomento com a mesma finalidade.

Fonte: Assessoria

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