Governo Estadual convoca população para debater ampliação da ferrovia

 

Para o presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), Danilo Vendruscolo, esse chamamento por parte do Governo é muito positivo e atende a uma reivindicação do POD. “Há alguns meses estamos conversando com a Estrada de Ferro do Oeste do Paraná (Ferroeste) e o Governo do Estado sobre a ampliação da estrada de ferro. Na nossa região, o uso de modais está invertido. Utilizamos o mais caro (rodoviário), dificultando a completividade”, explicou.

Hoje são 248,6 quilômetros de ferrovia, quando o ideal seriam contar com pelo menos mais mil quilômetros para escoar 40% da produção oestina que chega no terminal. Atualmente são menos de 10%. E esse número deve reduzir nos próximos anos se não ocorrer uma melhoria na estrada de ferro, pois até 2030 o Porto dobrará sua capacidade enquanto a ferrovia já está saturada. “Precisamos urgente de uma solução, pois o trem é a melhor alternativa para reduzir custos e tornar o produto brasileiro mais competitivo no mercado internacional”, disse.

Estudo

O pedido do POD é que o Governo lance o quanto antes a publicação do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) que selecionará a empresa para realizar o estudo de ampliação da Ferroeste. O estudo contemplará o projeto de construção de linhas entre Guarapuava e o Porto de Paranaguá, a revitalização existente e a extensão de um ramal de Cascavel a Dourados, no Mato Grosso do Sul. “Acreditamos que esse projeto traga um grande salto par o Paraná. Um novo ciclo de desenvolvimento”, afirmou Nereu Procopiak, assessor do diretor de Coordenação da Itaipu. E completou: “O Oeste precisa de mais opções de modais no escoamento da produção e assim, ser competitivo”. A produção da região atual é de 14 milhões de toneladas por ano. Em 2035 será de 21 milhões.

O PMI selecionará a empresas interessada em elaborar um estudo de implantação de novos ramais. A previsão é que esse levantamento custe R$ 30 milhões. E o valor estimado da obra gira em torno de R$ 10 bilhões, de acordo com dados da Ferroeste. Neste modelo, o valor do estudo não sairia dos cofres públicos. O retorno para o investidor viria com o funcionamento da estrada.

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