Gramadão ganha arena de beach soccer e se consolida como centro esportivo de Foz

O Gramadão de Itaipu, na Vila A, já está acostumado a receber eventos esportivos e culturais. Até o próximo final de semana, o local ganhará uma nova estrutura, uma arena de beach soccer (futebol de praia), que começou a ser construída nesta segunda-feira (16) e deve estar pronta em cinco dias. O espaço vai receber a 1ª Copa Foz do Iguaçu de Beach Soccer, além de um jogo amistoso entre as seleções brasileira e paraguaia. Também ficará no local de forma permanente para prática de várias modalidades. A construção é financiada pela Itaipu Binacional e parceiros.  

De acordo com o superintendente de Comunicação Social da Itaipu, Gilmar Piolla, a estrutura será usada, entre 20 de janeiro e 2 de fevereiro, para a seleção brasileira de beach soccer se preparar para as eliminatórias da Copa do Mundo, no Paraguai. “Vamos montar uma arena exclusiva para os treinos e o jogo amistoso”, diz Piolla. “Como legado, a quadra de areia ficará permanente no Gramadão e vai atender, além do beach soccer, as seguintes modalidades esportivas: futevôlei, vôlei de praia, beach tennis, handebol, slackline, badminton, peteca e outras atividades.

Além da seleção brasileira, 18 equipes de Foz do Iguaçu vão se enfrentar na Copa de Beach Soccer, entre 23 e 28 de fevereiro. Após os eventos, o local será a sede da 1ª escolinha de beach soccer de Foz do Iguaçu, com a chancela da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Todos os eventos serão abertos para o público.

“Teremos a possibilidade de inserir uma nova modalidade nos esportes da cidade. O beach soccer está crescendo no mundo todo e será modalidade olímpica a partir dos próximos Jogos”, lembrou o presidente da Liga Iguaçuense de Futebol, Aleksandro Fogagnoli, também diretor de Relações Institucionais da Confederação de Beach Soccer do Brasil (CBSB). De acordo com ele, outras representações esportivas da cidade já mostraram interesse em utilizar a futura quadra para prática das demais modalidades.

“Será excelente para fomentarmos os projetos sociais de vôlei de praia com as crianças”, disse o diretor de esportes da ONG Meninos das Cataratas, Jair Rojas da Silva, que foi atleta da modalidade. “É importante que a cidade tenha quadras em várias regiões, para atender a todos”, concluiu.

O presidente da Associação dos Tenistas de Foz do Iguaçu (Atefoz), Garibaldi Ludwig, concorda. Para ele, o novo espaço servirá como termômetro para mensurar o interesse dos tenistas iguaçuenses e da região no beach tennis. “Já planejamos construir duas quadras de beach tennis no Citi [Centro Internacional de Tênis Iguaçu] e agora vamos medir este interesse”, disse Garibaldi. “Podemos trazer etapas do campeonato paranaense de beach tênnis para Foz do Iguaçu”, comemorou.

Outro esporte que pode voltar a trazer grandes competições à cidade é o slackline, que já teve um mundial realizado no Gramadão, em outubro de 2015. “Na ocasião, tivemos que montar toda estrutura para realizar o mundial. Ficamos felizes por saber que, agora, haverá uma estrutura fixa e já pensamos em trazer mais campeonatos”, afirma o presidente da Associação de Desenvolvimento de Esportes Radicais e Ecologia (Adere), Marcelo Penayo. Segundo ele, a maior parte das competições de slackline já é feita nas praias, usando a areia para amortecer as quedas. “Com esta e outras modalidades, o Gramadão vai se transformar em um verdadeiro centro esportivo.”

O campo

Desde a tarde de segunda-feira, retroescavadeiras, pás carregadeiras, caçambas e caminhões fazem parte do cenário do Gramadão. Eles abriram um retângulo de 41 x 30 metros, onde ficará o futuro campo poliesportivo. No local, serão despejados 200 metros cúbicos de pedra brita e 500 metros cúbicos de areia.

A obra é coordenada pela Divisão de Infraestrutura e Manutenção (ODMI.CD) da Itaipu. De acordo com o engenheiro responsável pelo contrato, Kléber da Silva, a parte mais complicada foi vencer o 1,70 metro de desnível do terreno. “Uma parte será cortada e acrescentada do outro lado. No final da obra, vamos refazer o nivelamento do gramado para ele ficar no mesmo nível do campo”, explica.

Após a retirada da grama e terraplanagem, serão implantados tubos que servirão para drenagem do futuro campo levando a água da chuva para as galerias fluviais e evitando que surjam poças na areia em dias de chuva. Sobre os tubos, será colocada uma manta, que vai segurar a areia. Em seguida, vem uma camada de brita e, finalmente, a areia. As camadas são confinadas em uma parede de tijolos, que mantém a estrutura do campo.

Para os eventos esportivos de inauguração da quadra, serão instalados quatros refletores e uma arquibancada móvel para 2.000 pessoas. No futuro, planeja-se instalar uma arquibancada fixa nos moldes do Ecoestádio, em Curitiba, que aproveita o desnível do terreno aplicando apenas os assentos das cadeiras feitos em material reciclado.

Fonte: Assessoria

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