Happy Hour à Brasileira!

Finda a jornada de trabalho – para aqueles que ainda o tem neste Brasil de desempregados – a expectativa mais esperada era pelo momento da descontração institucionalizada do encontro no barzinho bife sujo, onde o que menos importava era a ostentação.

De analfabetos a filósofos, e estes aos montes, todos emitiam suas opiniões e, pasme-se, respeitando o direito ao contraditório.

E do ruído difuso de vozes que compunham aquele teatro cujos atores tinham no compromisso com a vida, e o momento, suas únicas preocupações, o mais importante era que não havia um diretor para orientá-los, a competência era nata para a transformar o drama da vida em uma comédia cujo riso fácil era dispensável, pois a alegria, seguramente, era mais importante.

Um aspecto que não passava despercebido era o espirito de solidariedade entre aqueles personagens vários cujo comprometimento era com a emoção, pois quando a noite já começava a se despedir, como que querendo dizer adeus, a nostalgia igualmente tomava conta, porém sugerindo um convite para uma próxima razão de continuar a viver.

Carlos Roberto de oliveira

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