Nos primeiros nove meses de 2016, a Itaipu Binacional produziu 77,4 milhões de megawatts (MWh). O feito chega a ser surpreendente, já que a usina foi projetada, inicialmente, para atender os sistemas elétricos do Brasil e do Paraguai com a produção anual de 75 milhões de MWh de energia assegurada.
Com base no elevado ritmo deste ano, que vem desde janeiro batendo sucessivos recordes de geração (diário, mensal, trimestral, quadrimestral, em cinco meses e no semestre), a expectativa é que até o final de dezembro Itaipu atinja 100 milhões de MWh.
Se esse cenário for confirmado, será a primeira vez na história da usina, em 32 anos de operação, que a hidrelétrica atingirá essa produção. “É a confirmação que a Itaipu está no auge da produtividade e eficiência e vive seu melhor momento desde que entrou em funcionamento, em 1984”, diz o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek.
Nessa mesma época do ano, em 2013, por exemplo, quando Itaipu estabeleceu sua melhor marca mundial anual, com 98,6 milhões de MWh, a usina estava produzindo 74 milhões de MWh, ou 3,4 milhões de MWh menos do que este ano. Na comparação com o ano passado, o volume é quase 20% maior – quase 13 milhões de MWh a mais.
O diretor técnico executivo de Itaipu, Airton Dipp, ressalta a importância de a Itaipu estar preparada para atender os mercados do Brasil e do Paraguai produzindo energia limpa e renovável. “Isso contribui para que todo o sistema elétrico tenha mais segurança e equilíbrio no uso de recursos”, afirma. E conclui: “Sem contar que, quanto mais Itaipu produz, mais ela contribui para reduzir a necessidade de o governo acionar as termoelétricas”.
Outra marca excepcional de Itaipu ao longo da história é a produção acumulada. São quase 2,38 bilhões em 32 anos. Essa quantidade toda daria para atender o consumo de energia elétrica da terra por 40 dias.
Setembro
Com 8,39 milhões de MWh, setembro de 2016 é o segundo melhor do histórico. A geração representa 97,6% do melhor setembro registrado em 2000 e 8% superior ao de 1997, até então o segundo do ranking.
Renovável
A geração de eletricidade, no Brasil, é uma das mais limpas do planeta. Do total da capacidade instalada, de 135 mil megawatts, apenas 26 mil correspondem à energia produzida por usinas de termeletricidade. Ou seja, menos de 20% do total.
A hidreletricidade, energia limpa e renovável, corresponde a 66% da matriz elétrica brasileira. E outras fontes limpas, como a eólica, estão em franco crescimento. Só para comparar, em 2008 a geração eólica era de apenas 247 MW. Em 2015, saltou para 5.833 MW, um crescimento de 2.261%.
Fonte: Assessoria