Jogos Mundiais Sustentáveis em 2018 será em Foz do Iguaçu 

A próxima fase está marcada para fevereiro, em Hernandárias, no Paraguai. Na sequência, Santa Helena, Guaíra e Marechal Cândido Rondon. A cada etapa serão exploradas quatro modalidades radicais que farão parte dos Jogos Mundiais Sustentáveis, como corridas, natação, wakeboard, mountain bike, highline, caiaque e slackline. 

Jaime Nascimento, coordenador de Turismo da Itaipu, empresa parceira do evento, destacou que os River Games e os Jogos Mundiais Sustentáveis têm a missão de transformar a Costa Oeste em referência para esportes de aventura e turismo sustentável. “Queremos incentivar a prática esportiva, promover o turismo regional e, claro, aproveitar a estrutura disponível na região”, afirmou.

“Nossa intenção é que a prática esportiva passe a ser parte do cotidiano dos moradores do Oeste do Paraná. Que não se resuma a um evento, mas se torne uma rotina”, disse Raby Khalil, presidente da Associação de Desenvolvimento de Esportes Radicais e Ecologia (Adere), responsável pela organização do evento, em parceria com a Itaipu Binacional e o Parque Tecnológico Itaipu (PTI).

Esporte e diversão

A primeira etapa do River Games Festival “ferveu” o Balneário de Santa Terezinha. Foi uma verdadeira festa de integração entre o homem e a natureza. Mais de 500 atletas e iniciantes participaram das competições de maratona aquática, corrida e mountain bike e das oficinas de circo, arco e flecha, caiaque, canoa havaiana, escalada, kitesurf, circo, rafting, slackline, skate MiniRamp, stand-up paddle (SUP), treinamento funcional e ioga. 

“As oficinas de circo reuniram mais de 100 crianças. Elas adoraram se pendurar nos tecidos, fazer acrobacias e se aventurar no trapézio”, disse o instrutor João Andrade. Maria Luiza, de 11 anos, foi uma das que se divertiu: “Eu adorei. Participei de todas as oficinas disponíveis. A que mais gostei foi a de caiaque”, contou. “Foi muito bom. Quero praticar mais vezes”, complementou Geovana Santos, de 12 anos.

Também houve quem foi à prainha para curtir as apresentações culturais e de balonismo, assistir aos shows e se deliciar com as comidinhas disponíveis no Food Park. A noite de sábado (16) teve show de BNegão, que atuou no grupo Planet Hemp e com discos premiados em sua carreira solo. 

O festival foi aprovado pelo surfista de ondas gigantes Carlos Burle, um dos ícones nacionais dos esportes radicais, convidado do evento. Para Burle, que já conheceu dezenas de países, a natureza da região deve ser mais explorada e preservada por meio do esporte e do turismo. “É um lugar ecologicamente limpo e puro. Vejo um potencial enorme para a prática esportiva ao ar livre e fomento do turismo. Quero voltar mais vezes”, disse.

Abertura

No sábado, a abertura do evento foi repleta de simbologia. Com a proposta de gerar bons fluídos e dar boas-vindas aos participantes, os atletas da canoa havaiana, o taitiano Nephi Mana e o brasileiro Alexey Bevilacqua fizeram um ritual havaiano.

O prefeito de Santa Terezinha de Itaipu completou: “Esse evento mostra que há pessoas com vontade de transformar a nossa região em referência mundial. Seja através do esporte ou do turismo e, porque não, dos dois juntos”. 

Dia delas

A argentina Andrea Schreiner, de 32 anos, que apesar de já ter disputado várias competições, conquistou sua primeira medalha no domingo, na montain bike. Para Andrea, que percorreu os 24 quilômetros em 1 hora e 5 minutos, o mais difícil foi enfrentar o calor escaldante de mais de 40 graus. “Eu treino muito. Faço percursos longos, mas aqui, o sol quente foi o mais difícil”. 

A paraguaia Eliane Werlang levou a melhor no duathlon (corrida e bicicleta). “Nunca tinha disputado prova de bicicleta. Foi um grande desafio. Mas também um estímulo. Quero voltar mais vezes”. 

Vendaval

A tempestade no final da tarde de domingo (17), com ventos de mais de 140 quilômetros por hora, obrigou os organizadores a encerrarem mais cedo o Festival. “Toda nossa equipe de segurança entrou em ação assim que foram percebidos os riscos ao público”, afirma Raby Kahlil, coordenador-geral da Adere. “Tivemos mais de 100 pessoas da nossa equipe envolvidas no plano de evacuação da aérea do evento, o que permitiu um atendimento seguro e ordenado. Como os esportes radicais acontecem em ambientes abertos, estamos sujeitos às intempéries da natureza”.

O vento forte derrubou o palco principal e parte da estrutura do evento. Apesar do susto, não houve feridos e nem prejuízos materiais significativos.

Fotos: Marcos Labanca e Alexandre Marchetti

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