O livro de poesias e haicais de Gilmar Piolla será lançado no dia 31 de maio, das 15h às 19h, no Café Boutique (Hotel Wyndham), em Foz do Iguaçu.
“Ser livre é desenhar o próprio caminho com giz de cera, sabendo que a chuva pode apagar.” Nesse e em outros versos, Gilmar Piolla anuncia a proposta de Ecos da Inquietude — um livro que é, ao mesmo tempo, travessia e espelho. Dividida em quatro eixos — ser, querer, viver e sentir —, a obra não entrega respostas prontas: reverbera perguntas que nos humanizam.
Inspirado por autores que transitam entre a leveza e a densidade — Leminski, Quintana, Pessoa e Nietzsche —, Piolla constrói sua própria voz. Há em seus poemas a ironia delicada de Quintana, o humor filosófico de Leminski, a introspecção de Pessoa e a rebeldia nietzschiana contra as verdades absolutas. Mas não se trata de imitação: é diálogo. E, nesse diálogo, o autor afirma sua identidade como intérprete das próprias inquietações.
Jornalista por formação, poeta por escolha, Piolla faz da palavra uma forma de interpretar o mundo e de extrair sentido do cotidiano. Seus haicais reinventam a estrutura clássica para abrir espaço à ironia e à observação urbana, enquanto os poemas de forma livre transitam entre o amor e o desencanto, a dúvida e o desejo, a rotina e o espanto.
Não por acaso, o prefácio do jornalista e publisher Caco de Paula o define como um “poeta de mente aberta”. E esse espírito atravessa toda a obra. Na Nota do Autor, Piolla afirma: “A poesia deve ser um território de liberdade” — e cumpre essa promessa ao oferecer margens generosas para que o leitor construa suas próprias interpretações. Suas palavras não impõem: convidam.
Entre imagens da natureza e lampejos da vida urbana, Ecos da Inquietude captura pequenas e grandes perturbações. Em Fronteira Desvairada, por exemplo, a tríplice fronteira — onde o autor vive — aparece como um espaço ambíguo, entre o sublime das Cataratas e a crueza das rotas clandestinas. Já em haicais como Resiliência, a superação surge com humor e síntese:
“Às vezes, o fardo
pede mais que paciência —
um saco de resiliência.”
Essa pluralidade é a força do livro. Ecos da Inquietude não se limita a um único tom: é múltiplo, como quem o escreveu — e como quem o lê. Suas inquietações são universais porque não tentam domesticar o caos; ao contrário, o acolhem.
A obra reafirma a poesia como espaço de respiro e encontro. Entre o instante e a eternidade, entre o riso e a dúvida, Piolla oferece versos que não prometem calmaria — mas companhia. Porque, como ele próprio afirma, “as palavras só ganham vida quando encontram outras vidas.”
Lançamento – 31 de maio
Para celebrar esse encontro entre palavra e presença, o autor recebe leitores e amigos no dia 31 de maio, das 15h às 19h, no Café Boutique (Hotel Wyndham), em Foz do Iguaçu. O evento contará com recital, exposição de poemas, apresentação de jazz e degustação de vinhos — uma experiência sensorial à altura da obra.
Ecos da Inquietude tem o apoio cultural de: Marco das Três Fronteiras, AquaFoz, Loumar Turismo, Urbia Cataratas S.A., Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, Liberty Duty Free, Viale Hotéis, Café Boutique, Wyndham Golden Foz Suítes, Café Dona Irani, Gráfica Patras, Grand Carimã Foz, Promo Marketing Inteligente, Lote Grande Empreendimentos e Now Experience.