Luiz Fernando Vianna assina termo de posse como 10º diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional

O engenheiro eletricista Luiz Fernando Vianna assinou, nesta quinta-feira (23), em Foz do Iguaçu (PR), o termo de posse no cargo de diretor-geral brasileiro de Itaipu. Desde 1974, é a primeira vez que o documento é assinado fora da capital do Estado, Curitiba.

A solenidade ocorreu na sala de reuniões do Centro Executivo da binacional, na Vila A, e reuniu os diretores Marcos Antônio Baumgärtner (administrativo), Ramiro Wahrhaftig (Coordenação), Marcos Stamm (financeiro executivo) e Cezar Eduardo Ziliotto (jurídico).

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, acompanhou a cerimônia.

A solenidade de transmissão de cargo, do ex-diretor geral brasileiro Jorge Samek para Vianna, será na próxima segunda-feira (27), no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, com a presença do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho, e do governador do Paraná, Beto Richa – entre outras autoridades políticas e do setor elétrico.

Vianna é o décimo diretor-geral brasileiro a comandar a hidrelétrica e tem uma forte ligação com a cidade. O pai dele, Clóvis Cunha Vianna, foi prefeito de Foz do Iguaçu de 1974 a 1984, época em que o município passou por grande transformação em função da construção da hidrelétrica.

Após a assinatura do documento, o novo diretor-geral brasileiro conversou com os jornalistas e listou os principais desafios que pretende enfrentar: a renovação do anexo C do Tratado de Itaipu, que estabelece as bases financeiras para a comercialização da energia, e os programas socioambientais desenvolvidos na região Oeste do Estado.

Segundo Vianna, “esses programas têm colaborado com o desenvolvimento dos municípios lindeiros ao Lago de Itaipu e nós pretendemos, evidentemente, manter e até ampliá-los”.

Sobre o Tratado de Itaipu, o diretor lembrou que a revisão do anexo C está prevista para daqui a apenas seis anos. “Esse é um grande desafio nosso e do Paraguai. Para falar em comercialização de energia, 2023 não é um prazo muito longo”, comentou.

O novo diretor ressaltou que outra marca que pretende imprimir na empresa é uma gestão voltada para o desenvolvimento humano. “Pretendo ter uma gestão muito próxima das pessoas. A parte de desenvolvimento, para mim, é fundamental para o sucesso de uma empresa.”

A nomeação de Vianna, por decreto presidencial, foi publicada no Diário Oficial da União no dia 14 deste mês.

Emoção

Durante a posse, Vianna se emocionou ao lembrar do pai, já falecido, e da mãe, Léa Vianna. “Nunca imaginei que [um dia] estaria aqui como diretor-geral de Itaipu. Nós temos um carinho muito grande pela cidade e vamos tentar retribuir todo esse carinho”, disse.

A administração de Clóvis Cunha Vianna é considerada um marco no desenvolvimento de Foz do Iguaçu. Foi durante sua gestão, em 1979, que a cidade ganhou seu primeiro plano diretor, elaborado pela Universidade Federal do Paraná, com apoio da Itaipu.

A construção da usina provocou uma transformação intensa em Foz do Iguaçu. A cidade, que tinha pouco mais de 30 mil habitantes, passou a ter mais de 120 mil, em apenas uma década. Na gestão de Clóvis Vianna, com recursos federais, foram construídas e reformuladas algumas das principais avenidas da cidade, como a Juscelino Kubitscheck, entre outras obras importantes.

Já a mãe do novo diretor-geral brasileiro de Itaipu, dona Léa, é a fundadora da Guarda Mirim, que completa 40 anos em julho. A Itaipu tem parceria com a entidade no Programa de Iniciação e Incentivo ao Trabalho (PIIT). Desde 1988, o PIIT beneficiou mais de 5,7 mil jovens com idades de 16 e 17 anos.

Alta produção

Luiz Fernando Vianna assume em um dos melhores momentos da Itaipu, quando a usina está registrando índices de produção muito parecidos aos do ano passado, quando a binacional estabeleceu um novo recorde mundial de produção de energia, com a marca de 103 milhões de megawatts-hora (MWh).

A diferença de produção, comparando os desempenhos parciais de 2016 e 2017, é de menos de 1% – considerando que fevereiro do ano passado teve um dia a mais. São 23.138.259 MWh ante 23.334.258 MWh do ano anterior.

História

Vianna é o décimo diretor-geral brasileiro a assinar o termo de posse na história da usina. Antes dele, assinaram o mesmo livro, que traz uma transcrição do decreto presidencial de nomeação, Jorge Miguel Samek (2003 a 2017), Antonio José Correia Ribas (2002-2003), Euclides Girolamo Scalco (1998-2002), Altino Ventura Filho (1998), Euclides Girolamo Scalco (1995-1998), Francisco Luiz Sibut Gomide (1993-1995), Jorge Nacli Neto (1991-1993), Fernando Xavier Ferreira (1990-1991), Ney Aminthas de Barros Braga (1985-1990) e José Costa Cavalcanti (1974-1985).

Perfil

O novo diretor-geral brasileiro, Luiz Fernando Leone Vianna, é formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 1974, e em Engenharia Elétrica, pela mesma instituição, em 1978. Tem pós-graduação em Materiais para Equipamentos Elétricos, pela UFPR (1992); especialização em Gerência de Manutenção pela Eletrobras (1984); e especialização em Manutenção de Usinas Hidrelétricas, também pela Eletrobras (1982).

Vianna tem vasta experiência como gestor de empresas públicas e privadas no setor de energia. De 2015 até esta semana, exercia o cargo de diretor presidente da Companhia Paranaense de Energia – Copel (2015-2017); também foi conselheiro no Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico (FMASE), membro fundador do Fórum das Associações do Setor Elétrico Brasileiro e vice-presidente do Conselho Consultivo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE/Concepe).

De 2004 a 2014, presidiu o Conselho de Administração da Associação dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine); foi membro do Conselho Temático de Meio Ambiente da CNI – Coema (2010-2011); consultor na empresa Vianna Consultoria Ltda.; diretor de Relações Institucionais da Copel – Holding (2002); e diretor presidente da Copel Geração S.A. (1999-2002).

Exerceu ainda o cargo de membro do Conselho Paranaense de Recursos Hídricos (1997-2002); membro do Mercado Atacadista de Energia (MAE) e da Administradora do Mercado Atacadista de Energia – Asmae (1998-2001); integrou o Conselho Regional de Engenharia do Paraná (1999-2000); foi assistente da Presidência da Copel (1998-1999); assistente da Diretoria de Operação da Copel (1997-1998); diretor da Duke do Brasil (1997-1998); e Superintendente de Operação e Manutenção da Geração e Transmissão Leste (1995-1997).

Fonte: Assessoria

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