O ministro, que entregou nesta sexta-feira (1°) as obras de revitalização da Ponte Internacional da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai, reconheceu a dificuldade para se obter os recursos, mas pediu apoio da bancada federal paranaense, representada na solenidade pelos deputados Fernando Giacobo e Professor Sérgio, para que os projetos também sejam considerados prioritários, uma das condições que o governo federal estabeleceu para executar obras nesse período de crise que o País atravessa.
Para Fernando Giacobo, os dois projetos “são pleitos legítimos e necessários para Foz do Iguaçu e o Paraná”. “Vamos levar esses desafios para Brasília e fazer com que virem realidade”, completou. Segundo o deputado, o governo federal já foi sensível à reivindicação da região de fronteira na questão da cota para compras terrestres no exterior, mantida em US$ 300. “Já conversei com o presidente Michel Temer e com o ministro Henrique Meirelles para se resolver isso de forma definitiva”, disse.
Inauguração
O ministro dos Transportes veio a Foz do Iguaçu acompanhado do presidente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Valter Casimiro Silveira, e do presidente da Infraero, Antônio Claret de Oliveira, para entregar as obras de revitalização da Ponte Internacional da Amizade, concluídas depois de 18 meses de trabalhos. Para o ministro, a ponte “simboliza a relação entre nações irmãs” e a reforma “é a maior já feita desde 1965”, quando a ponte foi inaugurada.
Foi durante seu discurso que Maurício Quintella Malta Lessa falou sobre a segunda ponte, que ligará Foz do Iguaçu à cidade paraguaia de Presidente Franco. Ele disse que a obra ainda depende de licenciamento ambiental, que está em tramitação, e enfrenta também o problema das “restrições orçamentárias”. Mas “é prioridade” e poderá ser incluída entre as obras que o governo pretende concluir até 2018.
Duplicação
Na solenidade, foi assinado o termo de doação dos projetos de duplicação da BR-469 para o Dnit. Por Foz do Iguaçu, assinam o presidente do Instituto de Promoção Turística do Iguassu (ICVB), Altino Voltolini; o presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (Codefoz), Roni Temp; o presidente do Fundo de Desenvolvimento e Promoção Turística do Iguaçu (Fundo Iguaçu), Carlos Silva, e o vice-presidente, Gilmar Piolla, responsável pelos projetos; além do diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek.
O documento que encaminha os projetos informa que eles são resultado de dois anos e meio de trabalho. Os projetos foram desenvolvidos pela Engemin, uma das mais conceituadas empresas de engenharia do Estado do Paraná, e seguem junto com o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental, além da Licença Ambiental Prévia (LP) já autorizada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e do termo de anuência dos proprietários nas áreas onde as obras devem extrapolar a faixa de domínio.
O projeto abrange a duplicação de 8,7 km da rodovia, que será alargada para os dois lados, a partir da pista existente, no trecho entre o trevo de acesso à Argentina e a entrada do Parque Nacional do Iguaçu, o que permitirá melhor aproveitamento da faixa de domínio do Dnit. As obras incluem a construção de avenidas marginais em boa parte do trecho, além de todas as interseções. Prevê, ainda, ciclovias dos dois lados da pista, duas passarelas de pedestres, dois passa-bichos, cinco retornos em nível com faixas extras de desaceleração e aceleração, um viaduto de acesso ao aeroporto, duas trincheiras, ponte elevada no Rio Tamanduá e uma rotatória nas proximidades da entrada do Parque Nacional do Iguaçu. O custo total da duplicação e das obras de arte está previsto em R$ 98 milhões.
Nova pista
Já o projeto da nova pista de pouso e decolagem do Aeroporto Internacional, que está sendo analisado pelos técnicos da Infraero, permitirá que Foz do Iguaçu receba aviões de qualquer porte. A nova pista será construída paralelamente à já existente, que se converterá em pista de taxiway, e terá 3 mil metros de extensão por 45 metros de largura. Além de aumentar a capacidade do terminal, permitindo voos diretos para Estados Unidos e Europa, vai também garantir mais segurança nas operações, adequando o Aeroporto das Cataratas às normas internacionais.
Fonte: Assessoria