Oeste ganha Conselho Regional de Sanidade Agropecuária 

O Oeste do Paraná é a primeira região brasileira a contar com um Conselho Regional de Sanidade Agropecuária (CSA Oeste). A constituição do colegiado ocorreu nessa terça-feira (27), na sede da Cooperativa Primato, em Toledo.

 

A cerimônia contou com a presença de 120 pessoas, entre prefeitos, produtores, lideranças rurais, representantes das indústrias e de outros elos da cadeia produtiva.

A principal missão do CSA Oeste será contribuir para que o Paraná conquiste em 2020 o status de “Livre de Febre Aftosa sem Vacinação”, uma das bandeiras do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD).

Esse status, a ser emitido pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), chancelará a região como segura na produção agropecuária, por ter um controle sanitário rigoroso. Título que é bem visto por mercados internacionais, ainda a ser conquistados pelo Oeste do Paraná, como Japão e Coréia do Sul.

A coordenação do Conselho ficará sob a responsabilidade do empresário Elias Zydek, vice-presidente do POD. Ele terá como vices, Anderson Bento Maria, presidente da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP) e Manoel Marcio Chaves, chefe Regional da Secretaria de Abastecimento do Paraná.

Segundo Zydek, a região já está bem posicionada quando o assunto é sanidade, mas ao conquistar a certificação da OIE de livre de aftosa, sem vacinação, alcançará um outro patamar. Estará credenciada a exportar carne suína com adicional de até 15% no preço. Sobretudo, para mercados consumidores que hoje a região não tem acesso. Atualmente, 65% dos países que consomem carne suína compram apenas de produtores que estão em áreas livres da aftosa.

Desenvolvimento

“Fazemos parte da coordenação e apoiamos a criação do Conselho Oeste, porque ao contribuir para melhorar o status sanitário da região automaticamente, estamos promovendo o crescimento autossustentável do Território, uma das missões da Itaipu”, afirmou Nereu Procopiak, representante da Diretoria de Coordenação da Itaipu no Conselho.

O consultor do Sistema FAEP/SENAR-PR, Antônio Poloni, destacou que a região Oeste sai na frente com a criação do Conselho Regional. De acordo com Poloni, investimento sanitário é prioridade. Não deve ser apenas exigido pelo governo, mas cobrado e fiscalizado pela população. “Uma falha no cuidado sanitário pode destruir anos de investimentos e trabalho bem-sucedido”, explicou.

Segundo Poloni, o CSA tem que atuar fortemente para que a região conquiste e mantenha o status de “Livre de Aftosa sem Vacinação”.

No início dos anos 2000 se alcançou o Status de Sem Aftosa, com vacinação. O número de mercados compradores, segundo Polini, saltou quase 10 vezes. Hoje, ao obter o título de Livre de Aftosa e sem Vacinação, o ganho para o Oeste será muito grande.

Conselhos Municipais

Para atingir a meta de “Livre de Aftosa Sem Vacinação”, uma das funções do CSA Oeste será auxiliar a criação e a estruturação dos Conselhos Municipais de Sanidade nos 54 municípios do Oeste e ser o porta-voz dos municípios aos governos Estadual e Federal.

Caberá também ao CSA oferecer apoio e assistência técnica para que os Conselhos Municipais cumpram a missão de preparar a região para a conquista do título, e manter o Oeste livre de outras doenças como peste suína clássica, salmonela, brucelose e influenza aviária.

“Não estamos livres de ser contaminados por alguma dessas doenças, mas precisamos estar preparados agir de forma rápida para extingui-las”, explicou o diretor presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Inácio Kroetz.

 

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