Paixão de Cristo reúne mais 5 mil pessoas no Marco das Américas

 

Nos cinco palcos instalados, os atores reconhecidos por trabalhos nacionais Kayky Brito, Elke Maravilha, Luciano Szafir e Ana Rosa interagiram com sessenta artistas iguaçuenses. O entrosamento e a performance do elenco  despertaram a emoção do público, sensibilidade também aflorada entre os artistas. “Faço esse trabalho há dez anos, mas em cada espetáculo há algo de diferente e especial”, revelou Luciano Szafir.

Na abertura do espetáculo, Adailton Avelino, presidente da Fundação Cultural, destacou as parceiras que possibilitaram a produção da peça e enalteceu a qualidade dos artistas iguaçuenses. “Temos de agradecer a todos as instituições que apoiam e estão envolvidas na realização deste evento. Também destacamos a qualidade dos artistas de Foz do Iguaçu, pois temos muitos talentos, temos artistas de valor”, enfatizou.

Para Adélio Demeterko, do Complexo Turístico Marco das Américas, a presença da população demonstra os resultados obtidos com a revitalização e a ampliação do espaço. “Agora temos um lugar com vida, onde a comunidade é recebida e onde promovemos os grandes eventos da cidade”, destacou. “As oportunidades e o desenvolvimento gerados com o Marco das Américas beneficia o turismo e toda a população iguaçuense”, explicou.  

Emoção e reflexão

Durante toda a perfomance teatral, o público acompanhou cada detalhe, alternando os olhares entre os palcos e cenários que refazem palácios, templos e paisagens do tempo bíblico de Jesus Cristo. A servidora aposentada Marlene Marcondes assistiu a peça com toda a família e comoveu-se. “Gostei de tudo. Nunca tinha visto algo assim em Foz do Iguaçu. Que bom que vivi para assistir esse espetáculo”, contou.

Morador da Vila C, área norte do município, o micro-empresário Edson Junior ainda vibrava com a encenação, mesmo depois de terminado o espetáculo. Destacando as cenas que mais gostou, o jovem empreendedor exalta a reflexão promovida pela peça. “É algo inexplicável o que estou sentindo. São muitos ensinamentos, mas não apenas religiosos. São lições que valem para a vida, para o convívio com as pessoas”, revelou.

A professora Anna Rosa, residente no bairro Morumbi, na zona leste de Foz do Iguaçu, destaca a abordagem artística do trabalho. “A intenção da peça, me parece, foi tentar colocar as pessoas em contato a história, independentemente de opção religiosa”, disse. A educadora ainda enfatizou a escolha do Marco das Américas como cenário. “Parece que este cenário natural foi feito para a peça, principalmente a área cheia de árvores onde foi encenada a crucificação e a ressurreição de Cristo. Foi incrível”, diz. 

Peça

Dirigido por César Crispim, a encenação da Paixão de Cristo apresenta as curas e milagres, as lições de bem-aventuranças, os sermões e as parábolas que constituem a base doutrinária do cristianismo. A peça refaz a trajetória de sofrimento de Jesus Cristo de acordo com o texto bíblico e finaliza com a sua ressurreição, momento de particular emoção entre devotos e apreciadores da arte dramática.

Com elenco de mais de 60 atores, onde apenas quatro artistas não residem em Foz do Iguaçu, o espetáculo transporta o espectador ao contexto épico da antiga cidade de Jerusalém. São dezessete cenas e cinco palcos que narram a trajetória de Jesus Cristo em seus últimos momentos entre os homens. A montagem da estrutura distribui-se por 15 mil metros quadrados do Marco das Américas, um tradicional espaço turístico da região trinacional, recentemente revitalizado e ampliado.

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