Paraguai aprova lojas francas em Foz do Iguaçu

O vice-presidente da Câmara de Comércio de Ciudad del Este, Juan Vicente Ramirez, afirma que a instalação de lojas francas (duty free) em Foz do Iguaçu fortalece e amplia as opções no destino turístico da tríplice fronteira formado pelos atrativos do Brasil, Paraguai e Argentina.

“O que está acontecendo em Foz do Iguaçu, com as aberturas das lojas francas, vem fortalecer o destino turístico e comercial”, disse Vicente Ramirez. “Irá atrair maior influência turística para os hotéis (de ambos os lados da fronteira), atrair mais gente para Foz do Iguaçu e assim também para o Paraguai da mesma maneira”, ressaltou.

“Com as lojas francas, o turista está ganhando uma nova opção de compras e também amplia a cota de compras dele”, constatou. Vicente Ramirez lembra que, ao visitar a região, o turista pode somar as cotas, voltando para sua origem com U$ 800 dólares de compras – U$ 500 no Paraguai e U$ 300 no Brasil. A Codeleste defende o aumento da cota para U$ 1.000 – U$ 500 em Foz do Iguaçu e U$ 500 no Paraguai.

A linha de produtos, afirma o dirigente, oferecida nas lojas francas em Foz do Iguaçu e a do comércio em Ciudad del Este se complementam e reforçam a fronteira como um dos principais destinos para o turismo de compras na América do Sul. “Por exemplo, na linha de vestimentas e calçados, ainda o Paraguai tem uma taxa de importação muito alta e os free shops oferecem esta vantagem. É super interessante esta complementação”, frisou.

“Foz do Iguaçu e Ciudad del Este vão formar um centro internacional de compras semelhantes a Miami (EUA) e outros destinos de turismo de compras no mundo. Para o brasileiro será mais econômico visitar a tríplice fronteira, com mais atrativos e opções do que outro destino. Além disso, poderá fazer as compras, dentro das cotas, com a isenção de impostos”, disse o prefeito Chico Brasileiro.

O secretário municipal de Turismo, Projetos Estratégicos e Inovação, Paulo Angeli, avalia que a região caminha para consolidar o turismo de compras com qualidade e conforto ao visitante. “Os estudos apontam que 70% das visitas têm como motivos associados às compras, o que é de grande importância para o turismo e à economia da tríplice fronteira. O turismo de compras vai incrementar ainda o setor no pós-vacina”.

Maior oferta

Para o dirigente paraguaio, os lojistas precisam compreender essa dinâmica como algo positivo “que fortalece o destino das três fronteiras, das três nações”.

É fundamental, reafirma Luiz Ramirez, ampliar a oferta para o turista no momento da escolha do destino de viagem. “O Paraguai, Brasil e Argentina têm esta possibilidade de visitar os três países e conhecer suas culturas. É muito importante para uma pessoa no momento de decidir aonde ir nas férias”.

O vice-presidente da Codeleste avalia ainda que com a oferta de produtos nacionais produzidos no Brasil, nas lojas francas, os paraguaios devem comprar estes produtos em Foz do Iguaçu. “Entendo que isto está começando, tudo está no começo ainda, não está totalmente desenvolvido, apenas temos hoje duas lojas, imagina tendo 50 lojas em Foz. Isto será fantástico”, completou.

Lojas

De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras, são 15 estabelecimentos atuando pelo regime de lojas francas no país. Todos estão localizados nos estados do sul. Em Foz do Iguaçu duas lojas estão abertas, uma fechou após o falecimento de um de seus sócios e a quarta a ser na Avenida Brasil está em processo de licenciamento.

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