Psicóloga traz mostra fotográfica “Arquétipos” a Foz do Iguaçu

 

Utilizando uma das mais antigas e nobres linhagens fotográficas, a do simbolismo interpretativo dos mitos ancestrais, a exposição será composta por 19 imagens de contos, visões e sagas, tais como Lilith, Eros, Narciso e Psiquê; Pierrot e Colombina; além de Afrodite e Súcubo. 

As fotografias, segundo Sonia, são resultados de uma experiência emocional muito forte entre o fotógrafo e o modelo. “Utilizo a técnica do arquétipo, onde é possível transformar o espectador através da minha lente. É preciso muita concentração. Já fiz uma seção de 800 fotos e depois as descartei, pois não retratavam a intensidade dos arquétipos”, contou. “Não atingiam o estado de transcendência: onde o mito fala”. 

“Fiz um curso de fotografia para acompanhar minha sobrinha. Não imaginava que essa arte entraria com tanto vigor e potência na minha vida. Desde então nunca mais parei fotografar e estudar as teorias da luz, das cores, da imagem e da semiótica”, completou Sonia.

“Sonia, é analista junguiana e trabalha há muitos anos com os arquétipos, mas desde 2012, quando começou a fotografar, faz a interpretação dos arquétipos através das suas lentes. São imagens fortes, mas com muita beleza e sensibilidade”, explicou o fotógrafo e jornalista Alberto Melo Viana, curador da mostra. 

Por onde passou

Antes de chegar em Foz do Iguaçu, a exposição “Arquétipos” já esteve no Museu da Fotografia, em Curitiba; no Centro de Artes e Criatividade, em Guarapuava e no Centro de Eventos Vitória, em Videira (SC).

Afinal, o que são arquétipos?

Os arquétipos são o primeiro modelo ou imagem de alguma coisa, ou ainda, antigas impressões sobre algo. Trata-se de um conceito muito explorado em diversos campos de estudo, como a psicologia, por exemplo, principalmente a psicologia junguiana. 

Para Carl Jung, um dos defensores da psicologia junguiana, arquétipo é uma espécie de imagem apriorística incrustada profundamente no inconsciente coletivo da humanidade, refletindo-se (projetando-se) em diversos aspectos da vida humana, como sonhos e até mesmo em narrativas.

Para ele, nenhum arquétipo pode ser reduzido a uma simples fórmula. Trata-se de um recipiente que nunca podemos esvaziar, nem encher. Ele existe em si apenas potencialmente e quando toma forma em alguma matéria, já não mais o que era antes. Persiste através dos milênios e sempre exige novas interpretações. Os arquétipos são elementos inabaláveis do inconsciente, mas mudam constantemente de forma.

 

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on telegram
Telegram
Share on whatsapp
WhatsApp