Qual seu nome? Saiba como são escolhidos os nomes dos carros 

Miguel, Arthur, Heitor, Helena e Alice foram os nomes mais registrados no Brasil em 2020. Escolher como será chamado um filho não é tarefa fácil. Ele carregará consigo seu nome a vida toda. Olhando para o lado, tudo tem uma forma como é chamado, seja um novo modelo de celular recém-lançado, seja um carro.  

Criar o nome para um carro também não é um processo simples. As montadoras precisam escolher nomes curtos e de fácil entendimento para que consigam emplacar um veículo no mercado – sem contar que é um processo global, pois o mesmo modelo é comercializado em diferentes lugares do mundo.  

Exemplificando, alguns nomes são abreviações, como o Fiat Mobi, que vem de “mobilidade”, ou o Nissan Versa, que é a redução de “versatilidade”. Ainda, existem homenagens a esportes e cidades, como Gol, Brasília e Parati, todos da Volkswagen. Alguns veículos conhecidos por seus números e letras são: BMW 320i, Mercedes-Benz A200, Audi A3, Citroën C3 e Peugeot 208. 

Um dos carros mais marcantes na história dos automóveis é o Fusca. O veículo da Volkswagen, que originalmente foi batizado como VW 1500, começou a ser produzido em 1953. Por ser uma empresa alemã, os operários brasileiros não conseguiam pronunciar o nome da montadora e, consequentemente, do modelo: ela era chamada, por muitos, de “Volks”. No alemão, a letra “v” é pronunciada com som de “f”, ou seja, “Folks”. Logo surgiu o apelido Fusca, que foi adotado pelos brasileiros e oficializado pela fabricante.  

Já o Palio, um dos principais nomes da Fiat, buscou transmitir uma ideia de velocidade e competitividade. Palio é uma tradicional corrida de cavalos na Itália que é realizada na cidade de Siena desde 1238, mas que também acontece em outras cidades italianas, como Verona e Bolonha, sendo essa a origem do nome. 

Na prática, existem empresas responsáveis pela criação de um nome, e esse trâmite pode começar cinco anos antes do lançamento do veículo, e passa por uma série de profissionais antes de uma decisão final. São criadas listas que chegam a ter 600 sugestões, que são enviadas para diversos escritórios no mundo todo para colher insights regionais e checar se algum dos nomes pode ter conotação negativa. Após diversas fases do processo, a lista é reduzida para 8 ou 10 opções, e a escolha final passa, obviamente, pelo alto escalão da montadora, que bate o martelo e define o nome do novo modelo. 

Cada pessoa, cada carro, cada nome deixa seu legado por onde passa. Chega a ser nostálgico falar e lembrar de certos nomes… 

* Diego Fischer é CEO da Carupi, startup de tecnologia que facilita o trâmite de compra e venda de automóveis – [email protected]  

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