Quer ir aos Estados Unidos?, por Garon Piceli

 

Passaporte

A primeira coisa de que você vai precisar para viajar ao exterior é um passaporte válido. Para os Estados Unidos, o documento não precisa ter menos de seis meses de validade. Ele só não pode vencer nos dias em que você estiver em solo estrangeiro. O meu vence em fevereiro e eu viajei em novembro.

O passaporte, com validade de dez anos, está custando no Brasil R$ 257,25. Para solicitá-lo, você precisa acessar o site da Polícia Federal, preencher alguns documentos, pagar a taxa e agendar a foto em uma unidade da PF mais perto da sua casa. O processo é rápido e, em menos de um mês, você já tem o documento em mãos.

Visto

Eu fiz o meu visto com a Andressa, da Intercultural de Foz. O procedimento, que parece complicado à primeira vista, na verdade é supersimples. Fazer o visto com a Andressa foi mais ou menos assim: ela me passou um formulário para o preenchimento do documento Ds-160. Eu coloquei lá os meus dados pessoais, onde trabalho, onde trabalhei, referências, nada muito complicado. Depois recebi no meu e-mail um documento para pagar, no valor de US$ 160 (aproximadamente R$ 600 na cotação de hoje, a R$ 3,75. Mas como eu peguei o dólar a R$ 3, paguei R$ 480).

Depois que eu paguei essa taxa, a Andressa pôde visualizar as datas e os locais que estariam disponíveis. Como eu tinha um curso para fazer em São Paulo, encaixou certinho data e local.

Em São Paulo precisei ir a dois endereços. Um é o CASV (Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto), para tirar a foto e deixar as digitais. A entrevista consular é feita em outro dia no próprio consulado.

No consulado precisei ter muita paciência, pois a minha fila demorou quatro horas. E atenção, não se pode entrar no consulado com nenhum tipo de metal, incluindo celulares. Na frente tem uns comércios, incluindo lockers que você pode alugar para deixar suas coisas.

A minha entrevista foi supertranquila. Eles perguntaram para onde eu ia, com quem ia, quando ia e o motivo da viagem. Na hora ele já falou: “Seu visto foi aprovado”.

Em uma semana meu passaporte já estava com a Andressa, na Intercultural, com o visto pronto.

Em São Paulo eu não gastei com hospedagem porque fiquei na casa do meu amigo Luiz. Mas com as passagens gastei cerca de R$ 350 (ida + volta + taxas com a Gol saindo de Foz do Iguaçu).

Ah, esqueci de comentar. A Andressa cobra uma taxa de R$ 150 por visto.

Total 

Então, só com a “pré-preparação” da viagem eu desembolsei R$ 1.357,25. Porém não é um valor que você vai ter de pagar de uma vez. Fazendo cada coisa em um mês, você economiza e consegue planejar-se.

Passagem aérea + deslocamentos internos

Como o dólar está alto e as coisas aqui no Brasil não estão tão boas como nos anos anteriores, quando o brasileiro ia aos milhares para a “gringa”, as companhias baixaram os preços dos voos. Por isso eu consegui uma promoção muito barata da American Airlines. Ainda mais que comprei os bilhetes com cinco meses de antecedência da partida. O meu trecho foi Curitiba-San Francisco. Ida + volta + taxas: R$ 1.250, que eu paguei em duas vezes.

Como eu queria viajar internamente, nos States eu também peguei alguns trechos:

San Francisco-Las Vegas (American): US$ 53,02 (que com as taxas deu R$ 251);

Las Vegas-Los Angeles (Super Bus): US$ 35,50 (R$ 142);

Los Angeles-San Francisco (Northwest): US$ 53,95 (que com as taxas deu R$ 250,60).

Total: R$ 1.893.

Hostel/Hotel

Em San Francisco eu fiquei hospedado em um hotel superbem localizado e gostosinho: o Amsterdam Hostel. Lá eu fiquei o total de sete noites. Consegui a diária pelo valor de US$ 26. Deu US$ 184 ou R$ 736.

Em Las Vegas eu fiquei no Stratosphere Hotel três noites. Paguei um total de US$ 96 (com taxas e impostos) ou R$ 384.

Já em Los Angeles eu me hospedei no USA Hostels Hollywood, que é considerado um dos melhores hostels dos Estados Unidos. Superbem localizado, na calçada da fama. Recomendo muito! Com taxas + impostos deu US$ 167 ou R$ 668.

Total: R$ 1.788.

Transfers hotel/aeroporto/hotel

Nos Estados Unidos, em qualquer parte do país, tem uma empresa chamada Super Shuttle. Ela pega você onde for e o leva para o aeroporto e vice-versa. Eu gostei muito do trabalho dela e superrecomendo. Porque às vezes pode ser complicado sair e chegar a um aeroporto, principalmente quando é a primeira vez em que você está nele, especialmente quando você chega de madrugada – que foi o meu caso, pois priorizei voos baratos.

Com cinco transfers desses eu gastei US$ 68 ou R$ 272.

Gastos com alimentação

Passados os gastos essenciais da viagem, agora vem alimentação, passeios e mais o que você quiser. Mas para você ter uma ideia de quanto custa uma alimentação básica, eu vou colocar por base o preço de um combo de Big Mac, que custa US$ 6. Dá um bom almoço e alimenta para o resto do dia, visto que é servido Gatorade à vontade no refil do refrigerante. Então é uma boa dica para você que vai andar o dia todo e precisa estar “saudável”. Porém, nos últimos dias da viagem, eu descobri o In’n’out, uma rede americana de fast-food que serve sanduíches bem maiores que o Mac e mais barato. Fica a dica!

Como eu fiquei em hostel, tomava café da manhã lá. É costume eles disponibilizarem café e mistura para panquecas para você mesmo fazê-las. Então eu passava em um mercado, comprava alguma coisa, tipo um ovo, e fazia com panquecas no café da manhã. À noite também levava alguma coisa do mercado e esquentava na cozinha do hostel.

Curso

Eu gosto muito de juntar um curso com uma viagem de férias. Acho que é uma oportunidade única de crescimento profissional e bagagem para o currículo. Eu queria mesmo era fazer o curso do NY Film Academy, em Los Angeles. Um curso de direção de cinema de uma semana custa US$ 1.200 – fica para uma próxima. Porém optei por um curso de extensão em Stanford. Custou US$ 325 (R$ 1.300).

 

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