O faturamento da Divisão Automobilística da Renault ficou em 24.078 milhões de euros, em progressão de +14,3%, graças à alta dos volumes das marcas do Grupo (+10,6 pontos) e das vendas às empresas parceiras (+3 pontos). O efeito dos preços contribuiu positivamente (+3,8 pontos), principalmente em razão das altas realizadas em alguns países emergentes para compensar o efeito negativo das moedas (-4,9 pontos). O efeito do mix ficou positivo à altura de 1,8 ponto.
A margem operacional do Grupo chegou a 1.541 milhões de euros (+40,6%), contra 1.096 milhões de euros1 no primeiro semestre de 2015, representando 6,1% do faturamento (4,9%1 no primeiro semestre de 2015).
A margem operacional da Divisão Automobilística está em alta de 441 milhões de euros (+64,9%), para 1.121 milhões de euros, chegando a 4,7% do faturamento, contra 3,2%1 no primeiro semestre de 2015. Esta performance se explica principalmente pelo forte crescimento da atividade (impacto de +614 milhões de euros), as altas de preços e uma melhoria do mix. O impacto das moedas (-432 milhões de euros) foi desfavorável, devido essencialmente à depreciação do peso argentino, do rublo russo e da libra esterlina. Por outro lado, as matérias-primas tiveram um impacto positivo de 164 milhões de euros. O efeito mix / preços / enriquecimento ficou positivo em 135 milhões de euros, em nítida melhoria em relação ao primeiro semestre de 2015, principalmente graças ao sucesso de nossos novos modelos. As reduções de custos foram impactadas pela alta das despesas de P&D visando a preparar o futuro, a queda de suas taxas de capitalização e das despesas de lançamento mais altas do que de costume, em razão do número importante de lançamentos.
A contribuição dos Serviços Financeiros para a margem operacional do Grupo chegou a 420 milhões de euros, contra 416 milhões de euros1 no primeiro semestre de 2015. Esta estabilidade se explica por uma forte progressão dos empréstimos em aberto, minorada principalmente por um efeito negativo do câmbio e a queda da atividade na América Latina. O custo do risco se estabilizou em um excelente nível de 0,30% da média dos ativos produtivos (0,31% no primeiro semestre de 2015).
Os outros produtos e despesas operacionais estão em avanço, principalmente em razão da queda das despesas associadas ao plano de competitividade na França. Eles se mantêm negativos à altura de -65 milhões de euros, contra -116 milhões de euros no primeiro semestre de 2015.
O resultado operacional do Grupo ficou em 1.476 milhões de euros, contra 980 milhões de euros1 no primeiro semestre de 2015 (+50,6%). Esta melhoria se explica pela progressão da margem operacional e a redução das outras despesas operacionais.
A contribuição das empresas associadas, essencialmente a Nissan, chegou a 678 milhões de euros, contra 895 milhões de euros2 no primeiro semestre de 2015. A contribuição da Nissan foi penalizada por uma despesa excepcional registrada no primeiro trimestre.
A contribuição da AVTOVAZ está negativa à altura de -75 milhões de euros, contra -87 milhões de euros2 no primeiro semestre de 2015, apesar de uma deterioração do resultado operacional.
Em relação à AVTOVAZ, o Grupo confirma sua intenção de participar de uma operação de recapitalização, que deve acontecer até o final do ano, levando à consolidação da AVTOVAZ em 31 de dezembro de 2016.
O resultado líquido ficou em 1.567 milhões de euros (+7,9%) e o resultado líquido de participação do Grupo ficou em 1.501 milhões de euros (5,51 euros por ação em comparação com os 5,06 euros1 por ação no primeiro semestre de 2015).
O fluxo de caixa livre operacional da Divisão Automobilística ficou positivo à altura de 381 milhões de euros, após consideração de um impacto negativo da variação das necessidades em capital de giro de 129 milhões de euros.
Em 30 de junho de 2016, os estoques totais (inclusive da rede independente de concessionárias) representavam 60 dias de venda, contra 66 dias ao final de junho 2015.
Até o final do ano
Em 2016, o mercado mundial deve ter um crescimento de aproximadamente +1,7% em comparação com 2015. Tanto o mercado europeu como o mercado francês devem ter alta de pelo menos 5% no período.
Fora da Europa, os mercados brasileiro e russo devem apresentar recuo: -15% a -20% para o Brasil e -12% para a Rússia. Inversamente, a China (+4% a +5%) e a Índia (+7% para +9%) devem manter sua dinâmica de crescimento.
Fonte: Assessoria