Hoje, a Associação Brasileira de Engenharia Automotivo (AEA) divulgou nota em que defende a instituição do programa como forma de viabilizar a “introdução de novas tecnologias, previsibilidade, mas principalmente a geração de empregos”.
“O programa Inovar-Auto já demonstrou que o setor automotivo avançou muito, com melhoria de 15% em eficiência energética veicular, assegurou investimentos e, mesmo com a crise a partir de 2014, segurou os empregos. Agora, precisamos avançar ainda mais”, argumenta Edson Orikassa, presidente da entidade.
Na avaliação de Orikassa, “depois de mais de cem reuniões realizadas ao longo de 2017 no MDIC, com a participação de todas as entidades da cadeia automotiva, não podemos deixar de apoiar a regulação do setor que representa 20% do PIB industrial brasileiro”.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) faz coro à AEA e aguarda o anúncio do programa em breve. O tema, inclusive, surgiu hoje durante coletiva da entidade para anúncio de estatísticas do ano de 2017.
“Nosso presidente, Antônio Megale, tem expectativa de que até o início de março seja anunciado”, diz a assessoria da entidade.
A Sobre Rodas questionou o MDIC sobre a instituição do programa. Segundo a assessoria, o ministério tem trabalhado internamente com a probabilidade de que o anúncio aconteça ainda em fevereiro, porém, não há data estabelecida.
“As entidades participaram de centenas de reuniões no ano passado, mas, nesse momento, as discussões se resumem a governo”, declara a assessoria do MDIC.
Pontos
Com o fim do Inovar-Auto caíram a cota de importação de 4.800 carros por ano e o IPI majorado em 30 pontos percentuais para veículos importados além deste limite. O Rota 2030 deve beneficiar com menos impostos montadoras que investirem na eficiência energética dos veículos, tornando-os menos poluentes. O governo busca consenso, no entanto, no estabelecimento das alíquotas.
Cecília França