Sedã Virtus: muito mais que um derivado do Polo

Conhecemos o modelo em detalhes na Cipasa, uma das concessionárias VW em Londrina. Até o lançamento oficial pairou a dúvida sobre se ele seria apenas uma versão do hatch com porta-malas ou teria modificações. Isto porque, normalmente, quando falamos em sedã derivado de um hatch, falamos de um dois volumes acrescido de amplo porta-malas – caso de Gol e Voyage – e, para ficarmos com um exemplo recente, a dupla Argo-Cronos, da Fiat.

No caso de Virtus e Polo, não. Apesar de compartilharem plataforma, os dois diferem em um ponto crucial para a construção de um veículo: o tamanho do entre-eixos.

O Virtus tem 9 centímetros a mais de entre-eixos que o Polo, totalizando 2,65 metros. Nove centímetros que fazem toda a diferença no espaço interno, especialmente para as pernas dos ocupantes traseiros. Com isso, o interior do Virtus parece amplo. Para efeito de comparação, o líder do segmento de sedãs compactos hoje, Chevrolet Cobalt, mede 2,62 m entre os eixos.

Apesar de compartilharem plataforma, Polo e Virtus têm entre-eixos diferentes
Espaço interno ganhou 9 centímetros para as pernas

A adaptação da plataforma sem alteração significativa nos custos só foi possível devido ao uso da Estratégia Modular MQB pela Volkswagen. Trata-se de um sistema construtivo configurável, que permite a adaptação de quase todas as medidas do veículo. A MQB estreou com o Golf, foi usada no Polo e Virtus e alcançará toda a linha Volkswagen e Audi.

“O principal diferencial da Plataforma MQB é poder usar para todos os modelos, porque tem a possibilidade de alterar o chassi”, explica Rodrigo Kono, gerente da Cipasa. Ele acrescenta que as partes do veículo são separadas, e não um bloco único.

“Quando tem uma colisão frontal, por exemplo, pode-se tirar apenas a parte frontal e trocar, o que diminui os custos de reparabilidade”. Economia que foi reconhecida pelo Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi Brasil), que concedeu ao Virtus o título de menor Índice de Manutenção Veicular (IMV) do segmento.

Detalhe do Virtus Highline

Versões

O Virtus conta com três versões: MSI, equipada com motor 1.6 e câmbio manual de 5 marchas; Comfortline 200 TSI, com motor 1.0 turbo de até 128 cv e transmissão automática de 6 velocidades, e Highline 200 TSI, que difere da anterior nos equipamentos de conforto e segurança, como as rodas de liga leve aro 16 e os “paddle shift” para troca de marchas no volante.

Para a versão Highline as três primeiras revisões são gratuitas (anuais ou a cada 10 mil km rodados). Confira detalhes das versões.

MSI: motor 1.6 de até 117 cv e câmbio manual de cinco marchas; direção com assistência elétrica; ar-condicionado; vidros elétricos nas quatro portas; travas elétricas; chave tipo canivete com controle remoto; regulagem de altura no banco do motorista; sistema Media Plus com entradas USB e SD-card, conexão Bluetooth, rádio AM-FM e leitor de arquivos mp3; sistema de freios antitravamento ABS, EBD (distribuição eletrônica das forças de frenagem); controle de tração; quatro airbags (dois dianteiros e dois traseiros).

Pacotes opcionais para a MSI: Connect – sistema de infotainment Composition Touch, I-System, volante multifuncional, “Park pilot” (sensores de estacionamento traseiros), Controle Eletrônico de Estabilidade (ESC) e roda de liga leve de 15” “Scimitar” com pneus 195/65 R15. Safety – Controle Eletrônico de Estabilidade (ESC) e todos os recursos atrelados a ele, como ASR, EDS e HHC.

 

Comfortline 200 TSI: motor 1.0 turbo de até 128 cv atrelado à transmissão automática de 6 velocidades; sistema de infotainment Composition Touch com conectividade por meio do App-Connect (Android Auto – que agora permite também o aplicativo de navegação Waze –, Apple CarPlay e Mirrorlink), comando por voz e acesso ao “Car Menu”, com ajustes do veículo por meio da tela. Também lê mensagens (SMS) e integra a imagem da câmera traseira de auxílio ao estacionamento; Controle Eletrônico de Estabilidade com controle de assistência de partida em rampa, Hydraulic Brake Assist system (BAS), bloqueio eletrônico do diferencial, limpeza automática dos discos de Freio, monitoramento da pressão dos pneus.; banco traseiro bipartido; faróis de neblina com função “cornering light”; sensores de estacionamento traseiro; ajuste elétrico dos retrovisores; volante multifuncional.

 

Painel do Virtus Comfortline

 Pacotes opcionais para a Comfortline: Tech I – sistema “Kessy” para abertura e fechamento das portas sem uso da chave e partida do motor por botão no console central; controlador automático de velocidade de cruzeiro; sensores de estacionamento dianteiros; retrovisor interno eletrocrômico; volante multifuncional com “shift paddles”; sensores de chuva e crepuscular e função coming/leaving home e rodas de liga leve de 16” “Nick” com pneus 205/55 R16. Tech II – inclui os itens do anterior + sistema de indicador de pressão dos pneus, ar-condicionado digital Climatronic, sistema de divisão do porta-malas (e rede porta-objetos), porta-luvas refrigerado, câmera traseira, detector de fadiga, sistema de frenagem automática pós-colisão, volante multifuncional revestido de couro com “shift paddles” e detalhes em preto brilhante na cabine.

 

Highline 200 TSI: traz de série todo o pacote da Comfortline + sistema “Kessy”, controlador automático de velocidade de cruzeiro, ar-condicionado com ajuste digital de temperatura, banco do passageiro dianteiro rebatível também para frente, descanso de braço dianteiro com porta-objetos, porta-luvas refrigerado, faróis de neblina com função “cornering light” (luz de conversão estática), luz de condução diurna em LED ao lado dos faróis de neblina, rodas de liga leve de 16”, sobretapetes, volante multifuncional revestido de couro com “shift paddles” e detalhes em preto brilhante na cabine.

Câmbio automático equipa versões TSI

 Pacotes opcionais para a Highline: 1 – revestimento dos bancos em couro sintético Native. O segundo, Tech High – sensores de estacionamento dianteiro, sistema de indicador de pressão dos pneus, sistema de divisão do porta-malas (e rede porta-objetos), antena “tubarão”, câmera traseira para auxílio no estacionamento, detector de fadiga, espelho retrovisor eletrocrômico, faróis com a função coming/leaving home, Sistema de Frenagem Automática Pós-Colisão, sensores de chuva e crepuscular e sistema de infotainment “Discover Media” de 8 polegadas. Technology – adiciona ao anterior o Active Info Display e rodas de liga leve de 17” “Razor”, com pneus 205/50 R17.

 

Concorrentes

O lançamento do Virtus reflete o interesse das montadoras por um segmento onde Cobalt e Honda City reinam absolutos, sem concorrentes reais. Em 2017, o modelo da Chevrolet respondeu por quase 57% dos emplacamentos do segmento e o japonês por quase 40%. Lifan LF530 e Ford New Fiesta Sedan tiveram participações residuais.

Porém, a folga dos líderes deve acabar. Além do Virtus, a Fiat traz o Cronos e a Toyota promete o Yaris no segundo semestre.

O Virtus chega bem equipado logo na versão de entrada. A MSI 1.6 é equipada com câmbio manual de cinco marchas, direção com assistência elétrica, vidros elétricos nas quatro portas e regulagem de altura no banco do motorista. O sistema de freios M-ABS inclui EBD (distribuição eletrônica das forças de frenagem entre os eixos dianteiro e traseiro) e Controle de Tração. Isso por R$ 59.990.

O sedã da VW também tem quatro airbags de série em todas as versões, enquanto Cobalt e Cronos trazem apenas os duplos exigidos por lei (no modelo da Chevrolet, não há os laterais nem como opcionais).

Os preços do Cronos ainda não foram divulgados, mas a mídia especializada estima que ele custe um pouco menos que o Virtus, partindo de algo como R$ 57 mil. Ambos terão, portanto, preço bem abaixo do Cobalt, que parte de R$ 66.590.

Comparamos alguns pontos-chaves do líder e dos novos entrantes. Confira:

Cecília França

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