Como identificar? Como investigar? O que perguntar na hora de uma abordagem? Essas são algumas das perguntas que serão respondidas durante o seminário “Atuação multiprofissional no combate à violência sexual contra crianças e adolescentes”, a ser realizado nos dias 17 e 18, a partir das 9h, no Miniauditório da Unioeste, em Foz do Iguaçu.
O evento, organizado por Furnas Centrais Elétricas, tem o apoio da Rede Proteger e da Itaipu, por meio do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA). Devem participar cerca de 150 profissionais de diferentes áreas – como psicólogos, assistentes sociais e pedagogos – que atuam na defesa dos direitos de meninos e meninas na fronteira.
De acordo com a assistente social Cláudia Monteiro, coordenadora do evento, a proposta é unificar a forma como os profissionais agem desde o momento em que recebem a denúncia de violência contra meninos e meninas, passando pelo interrogatório até o encaminhamento para as casas de apoio e tratamento psicológico. “Queremos construir junto com esses profissionais um olhar mais refinado. Dificilmente a criança vai dizer que foi violentada. Cabe a nós identificar”, disse.
Adultos inseguros
A preocupação em identificar adequadamente cada ocorrência acontece não apenas porque o número de casos de violência contra meninos e meninas é cada vez maior, mas também para prevenir cada vez mais cedo possíveis sequelas psicológicas causadas pelas agressões – como insegurança e falta de autonomia. “Precisamos estar prontos para oferecer segurança a essas crianças”, enfatizou Cláudia.
Somente de janeiro a setembro de 2015, o Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM) de Foz do Iguaçu registrou 209 casos de atendimentos a crianças vítimas de violência no município. Mais da metade (115) ocorreu na própria residência.
Punição
Segundo a coordenadora do PPCA, Maria Emília Medeiros de Souza (AS.GB), a Itaipu vem há 12 anos atuando intensamente no combate à violência contra meninos e meninas na região e essa é mais uma ação na tentativa de coibir este crime. “Acredito que esse evento, além de uma capacitar profissionais que atuam na cidade, também colocará o assunto em evidência”, ressaltou.
As denúncias podem ser feitas pelo Disque 100 ou diretamente no Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), pelo telefone (45) 3524-8565.
Fonte: JIE