Reunidos em grupos ou eventualmente sós, jovens se apresentam em cruzamentos de ruas e avenidas de cidades de médio e grande porte como que querendo soltar um grito de socorro por uma maior atenção às suas necessidades e expectativas.
E o fazem de maneira lúdica e artística, seja pela demonstração de suas habilidades como malabaristas ou na representação de algo.
E, logicamente, tentam arrecadar alguns trocados, pois, intrínseco, entendem ser uma atividade profissional ainda que informal, e que, nas circunstâncias, o é.
E sem qualquer constrangimento se expõem como que insinuando: “somos jovens, vivemos nossa época e o que pretendemos dizer é que somos capazes de sobreviver em harmonia com nossos sonhos, embora a crueza da realidade”.
Já pelo lado politicamente correto, enaltecem-se os avanços sociais que a rigor só ocorrem na propaganda oficial em detrimento da esperança, e a um custo altíssimo, lamentavelmente.
Carlos Roberto de Oliveira