Testamos! VW Virtus Highline TSI: renda-se ao turbo

O Volkswagen Virtus é um sedã pensado para a família, que se beneficia de seu amplo espaço interno. Bonito por fora, mas sem grandes arrojos no design, ele mantém o tradicionalismo no interior, tanto no uso dos materiais quanto na sobriedade do painel. Porém, família não gosta só de espaço. Pais e mães também querem carros potentes, que entreguem conforto ao dirigir no dia a dia e em viagens.

E de potência o Virtus Highline TSI entende. Cedida à reportagem da Sobre Rodas pela concessionária Cipasa, de Londrina, a versão topo de linha da gama cravou 10,87s no nosso teste de aceleração de 0km/h a 100km/h. Se você ainda tem restrições com o motor turbo da VW por ser 1.0, supere.

O motor TSI que equipa as versões Comfortline e Highline do Virtus (conheça a gama completa aqui) entrega 124 cv com etanol e 115 cv com gasolina – desempenho superior ao do Cobalt 1.8, por exemplo, que tem potência máxima de 111 cv. Se compararmos ao propulsor 1.8 do Cronos, o Virtus fica atrás, já que o sedã da Fiat entrega 139 cv e 135 cv, com etanol e gasolina, respectivamente. Porém, há um número a mais que precisa ser olhado: o torque.

Talvez nem todos saibam a importância do torque no desempenho do veículo, mas é ele que faz com que o carro responda mais rápido quando pisamos no acelerador. Os motores turbo têm torques mais elevados e liberados mais rapidamente. No Virtus, ele chega a 20,4 kgfm, disponíveis já a 2.000 giros. No Cronos, por exemplo, ele é de, no máximo, 19,3 kgfm a 3.750 giros.

 

 

Desempenho

Os números fazem diferença na prática. Aliado ao câmbio automático de 6 velocidades, o Virtus entrega respostas e retomadas rápidas, dando segurança para pequenos avanços em pontos de lentidão no trânsito da cidade. A leve direção elétrica – tão leve que nos faz esquecer, em alguns momentos, que estamos conduzindo um sedã de 4,482 mm – facilita manobras.

O câmbio automático tem trocas suaves. Quando pisamos fundo, podemos ouvi-las nitidamente e o barulho do motor invade a cabine, conferindo um caráter esportivo ao sedã, especialmente quando mudamos a alavanca para a função Sport. Mas na maior parte do tempo, o Virtus é suave na condução.

Confira vídeo do nosso 0km/h a 100 km/h com o Virtus:

 

 

Interior

A posição de direção no Virtus é baixa e os bancos traseiros ficam levemente abaixo da linha do motorista. O espaço comporta tranquilamente cinco adultos. O acabamento do interior é sóbrio; o painel chega a ser acanhado.

O sistema multimídia Composition Touch não chega a empolgar por beleza, mas é funcional, emparelha com facilidade o smartphone e permite atender e fazer chamadas por meio de comandos no volante multifuncional.

 

 

Ainda não foi dessa vez que conhecemos o painel digital Active Info Display, uma das principais inovações que equipam, opcionalmente, as versões topo de linha do novo Polo e do Virtus. Segundo o consultor de vendas que nos acompanhou no teste, não há veículos disponíveis para teste drive com o sistema em Londrina – os que chegam com ele são encomendas e logo vão para os clientes.

Pacote

A versão Highline do Virtus tem preço inicial de R$ 79.990. Com todos os opcionais, incluindo cor metálica (R$ 1.500), o valor sobe para R$ 87 mil, aproximando-se do custo de alguns sedãs médios. 

Mas de série ele já entrega muito, como o sistema “Kessy”, que permite entrar no veículo sem o uso da chave. Quando ela está com o motorista, basta pressionar um ponto específico da maçaneta para travar o veículo; para abri-lo, basta colocar a mão por dentro da maçaneta. Também são de série: controle de estabilidade com controle de assistência de partida em rampa; bloqueio eletrônico do diferencial; limpeza automática dos discos de freio; monitoramento da pressão dos pneus; faróis de neblina com função “cornering light”; banco traseiro bipartido e ajuste elétricos dos retrovisores. Tudo isso pode ser encontrado, também, na versão intermediária, Comfortline.

Como exclusividade da Highline, temos: controlador automático de velocidade de cruzeiro; ar digital; porta-luvas refrigerado;  luz diurna em LED; rodas de liga leve aro 16; volante multifuncional revestido em couro com shift paddles para trocas de marchas e detalhes em preto brilhante na cabine.

Vale lembrar que o Virtus (assim como o irmão Polo) tem 5 estrelas para adultos e crianças no teste de segurança do Latin NCap.

 

 

Os opcionais para a versão Highline são revestimento dos bancos em couro sintético e o pacote Tech High, que compreende: sensores de estacionamento dianteiro (traseiro é de série); sistema de indicador de pressão dos pneus; sistema de divisão do porta-malas; antena “tubarão”; câmera de ré; detector de fadiga; espelho retrovisor eletrocrômico; faróis com a função coming/leaving home; sistema de frenagem automática pós-colisão; rodas de liga leve 17 polegadas; sensores de chuva e crepuscular; sistema de infotainment Discover Media de 8 polegadas e Active Info Display. 

 

 Texto e fotos: Cecília França

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