São mais de dez máquinas entre carros, caminhonetes, caminhões e até patrolas. Juntas, enchem não apenas a garagem da casa, mas também um espaço específico da firma que ele coordena. A paixão por automóveis e máquinas não é muito antiga, porém desde quando iniciou a compra dessas belezas, há pouco mais de 15 anos, nunca mais parou.
No início era somente para uso pessoal, como um dos primeiros herdados do sogro, mas depois a paixão cresceu. “Comecei a comprar em 95 e sempre que viajava acabava achando algo que me interessava”, revela. A frota hoje conta com dois Fuscas (62 e 66), dois Karmanguias (68 e 74), um jipe (72), dois Mavericks (74), um Impala americano (67), duas Mercedes (80 e 96) e um Opala (90).
Isso não é tudo, pois o empresário também é apaixonado por máquinas. Ele mantém intactas duas patrolas, uma patrola austríaca (47), um trator Ford (62), um caminhão Mercedes antigo (64) e uma Carterpillar (73) utilizada na construção da Usina de Itaipu. “Na verdade, eu fui viajando e vendo os preços. Achei que valia a pena e fui comprando.”
Os achados de Barbiero são fruto de muita curiosidade. Em constantes viagens a trabalho à Bahia, por exemplo, ele encontrou o que considera uma preciosidade em sua coleção: o trator Ford 62. “Eu estava lá na Bahia e vi em Arraial d’Ajuda essa máquina parada no fundo de um quintal. Fiz negócio na hora e trouxe no mesmo dia embora.”
Entre os preferidos encontrados aqui na cidade estão o Fusca 62 e o Impala 67. “Neles é tudo original”, garante. A última aquisição foi uma Mercedes 1980 e uma bomba de gasolina antiga.
A ideia de manter a coleção não tem uma razão específica, mas o dono afirma não ter nenhum interesse em vender qualquer uma das peças. “Quando alguém vem visitar as garagens, eu nem deixo falar em preço, porque não penso em trocar ou vender.”
O gosto por veículos clássicos está ligado à mecânica e sua durabilidade. “É preciso ter paciência para lidar com carros antigos justamente porque a mecânica é diferente. O material desses carros era mais resistente, era coisa muito boa. Hoje quase tudo é de plástico”, diz.
Cuidado
Para auxiliar no cuidado com as máquinas, Barbiero possui um ajudante. “Ele que faz essa manutenção. Está tudo funcionando perfeitinho.” Apesar do zelo, os carros não são utilizados diariamente. Para tanto, o empresário conta com outros mais novos como uma Mitsubishi Pajero, uma Triton e uma Explorer 94.
Questionado sobre a paixão por carros, ele justifica dizendo que obteve seu primeiro automóvel tarde, aos 39 anos, e desde então sempre quis ter mais. Mesmo com o carinho pela coleção, somente ele na família cultiva o hábito pelas máquinas. “Meus filhos não acham graça, então eu sigo com isso com o meu ajudante.”
Entre outras paixões, o colecionador apronta uma rápida classificação sem titubear: “Em primeiro vem minha família, depois meu Internacional e depois os carros. Acho que essa relação que tenho com os carros é um hobby como outro qualquer. Como não tenho vocação para pescar, fico com os carros”.
Texto: Daniela Valiente
Foto: Kiko Sierich