5 tendências para o mercado de carros elétricos

A eletromobilidade chegou para ficar e os dados provam isso. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), se o Brasil aderir a tendência mundial, 60% dos novos veículos vendidos no país serão elétricos até 2035. Entretanto, para que essa realidade seja possível, são necessários investimentos, não só em infraestrutura, mas também planejamento e até uma mudança de cultura. Outros países já estão bem adiantados no que tange o assunto, e já apresentam tendências, que deverão guiar o mercado por aqui nos próximos anos.
Confira a lista com as cinco tendências selecionadas pelo especialista do mercado:

1. Agenda ativa para discussão sobre mobilidade elétrica

O novo relatório da Federação de Estradas da Noruega mostra que 77,5% dos veículos vendidos em setembro no país foram carros elétricos. A Noruega é o líder mundial na mudança para a eletromobilidade e busca acabar com a venda de veículos de combustíveis fósseis até o ano de 2025. Esse cenário pode ser observado em todo mundo e, mais recentemente, o governo de Joe Biden já declarou apoio ao segmento nos Estados Unidos.
Além disso, o Acordo de Paris, e as convenções internacionais que buscam a redução do efeito estufa auxiliam no crescimento do setor. Em 2018, na 24ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 24), em Katowice, Polônia, foi apresentado um relatório que mostra que o transporte é o responsável por 25% destas emissões.

2. Transporte público

Um dos pontos que vamos observar grandes transformações em um futuro próximo será no transporte público. O mercado global de ônibus elétricos está em expansão, com projeção de atingir 704 mil unidades até 2027, segundo dados publicados pela MarketsandMarkets. Porém, para o segmento ganhar de fato o Brasil, ainda há a necessidade de mudança no processo de contratação de empresas de transporte público nos municípios.

Por um lado você terá o contrato com o equipamento, que tem vida útil de 20 a 25 anos e, por outro, dos operadores, que podem mudar com maior frequência. Na América do Sul já temos exemplos de cidades que adotam esse modelo, como é o caso de Santiago (Chile) e Bogotá (Colômbia), que têm frotas de ônibus elétricos de 400 veículos e cerca de 1.000, respectivamente.

3. Carros/ônibus como geradores de energia emergencial

O especialista destaca que além do combate a emissão de gases do efeito estufa, os carros elétricos podem auxiliar as cidades como geradores em situações emergenciais, podendo fornecer energia para hospitais, asilos e escolas. Temos a possibilidade de utilizar esses veículos como verdadeiros geradores móveis para alimentar essas unidades em situações de necessidade. Você imagina a sua cidade com uma frota toda de elétricos?
“Você tem a possibilidade de usar esses verdadeiros geradores móveis para alimentar essas unidades. Algo que pode salvar vidas. Sabemos dos problemas da falta de energia em unidades hospitalares, que não são assistidas por geradores de emergência confiáveis. Há um modelo que torna possível utilizar os veículos elétricos para essa finalidade”, afirma Ricardo.

4. Baterias

Para Ricardo, uma das principais tendências que podemos observar hoje em dia é o avanço tecnológico das baterias, que estão mais leves, sofisticadas e com grande autonomia. Também é importante destacar que, com as novas tecnologias de produção de baterias para carros elétricos no Brasil, a base de nióbio e grafeno, o nosso país tem tudo para se tornar um protagonista no cenário mundial.
Com a maior autonomia dos veículos, os carros poderão simplesmente serem carregados em condomínios e residências. Isso é, com as novas baterias que duram mais tempo, o proprietário de um veículo elétrico só terá a preocupação de recarga quando estiver em casa, não necessitando buscar algum posto ou ponto de carregamento quando estiver com o veículo na rua.

5. Uso compartilhado dos carros elétricos

A última, mas não menos importante, tendência é em relação aos carros compartilhados, como é o caso de aplicativos como o Uber. O especialista afirma que haverá, além da utilização de carros elétricos nos serviços já conhecidos, poderão surgir novos meios que busquem na eletromobilidade a sua principal forma de locomoção.
As sociedades, principalmente as mais urbanas, vão passar, seguramente, a usar o carro elétrico de forma compartilhada. Um exemplo é o que se tem hoje com patinetes e bicicletas. Já existem algumas cidades em que podemos encontrar algo nesse sentido e vamos encontrar isso com muito mais frequência, principalmente nos centros urbanos, pela facilidade e pela comodidade. Ricardo afirma que o resultado será a redução de engarrafamentos e o menor número de veículos andando na rua.

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