Dicas importantes para não ficar na estrada com seu carro

É amigos, não tá fácil. O aumento no valor de aquisição de um novo veículo ficou distante do orçamento de muitas pessoas. Nem mesmo oferecer o veículo como entrada pode compensar num mercado com juros tão altos. Com isso, o motorista vai precisar ampliar o uso do seu veículo e ter mais atenção, para não ficar na estrada por falta de manutenção.

Já imaginou numa viagem e você ficar pelo caminho por problemas mecânicos? Ao viajar com o carro, efetuar uma revisão antes de sair de casa é fundamental, é o que comenta Cleber Willian Gomes, professor de engenharia mecânica da FEI (Fundação Educacional Inaciana Pe. Sabóia de Medeiros), que ressalta os cuidados que se deve ter antes de pegar estrada.

Para a segurança do motorista e dos passageiros é de extrema importância a realização da revisão preventiva, dando preferência por fazer a manutenção com profissionais preparados para diagnosticar, avaliar e corrigir as falhas dos sistemas.

A revisão além de garantir segurança e conforto, também pode ajudar na economia financeira, evitando que as peças tenham que ser substituídas antes do recomendado, evitando gastos desnecessários.

Os principais sistemas que necessitam ser avaliados numa revisão são: pneus, óleo lubrificante do motor, fluído de freio e as pastilhas de freio.

 Em relação aos pneus, podemos dizer que eles são os componentes mais importantes a serem verificados e o principal elemento para se atentar é a profundidade dos sulcos do pneu. Quanto menor, pior a condição de frenagem, principalmente em condições de pista molhada. A calibragem dos pneus também deve ser considerada, pois dependendo do destino da sua viagem, a pressão dos pneus deve ser ajustada. Em áreas com lama e areia é indicado reduzir a pressão, já em estradas e ruas pavimentadas, a pressão deve ser a recomenda pelo manual do fabricante.

Óleo lubrificante do motor: o período de troca e o nível de óleo deve ser respeitado e neste caso é importante seguir a recomendação do fabricante, e a indicação na vareta do volume de óleo deve ser considerada. O professor reforça para que desconsiderem a “avaliação com as pontas dos dedos” feitas em alguns postos de gasolina, já que pode ser uma recomendação sem critério, somente para vender serviços sem a real necessidade de troca.

Apesar de pouco lembrado, o fluído de freio tem um intervalo de troca e muitas pessoas só lembram que a manutenção é necessária quando acontece a contaminação por água e perda das propriedades de funcionamento, que comprometem o desempenho de frenagem. Nesta condição, este cuidado é vital para a vida de todos. Vale lembrar que mais importante do que o risco de multa e perda financeira, é a segurança dos ocupantes do veículo.

Por mais moderno que seja o veículo, a condição das pastilhas de freio e dos pneus são vitais e por isso o nível de desgaste precisa ser avaliado antes de pegar estradas ou até mesmo para rodagem dentro das cidades. Uma forma do dono do veículo perceber o fim da vida útil das pastilhas é quando se ouve um ruído no momento em que o freio é acionado com o veículo em movimento.

“Precisamos ter em mente que a revisão do carro deve ser sempre preventiva. Cuidando preventivamente do seu veículo, você evita os problemas e gastos de uma manutenção corretiva, que geralmente é o momento em que houve algo mais sério, como acidentes, em decorrência da má condição dos componentes do carro que não foram verificados antes de rodar com o automóvel”, completa o professor da FEI.

Fique esperto nas dicas:

1 – Calibragem: deve ser realizada semanalmente e com os pneus frios. Consulte a pressão recomenda pelo fabricante no manual do proprietário. Alguns veículos possuem sensores que auxiliam os condutores sobre as condições dos pneus. Caso haja alguma anormalidade, realize a manutenção ou a troca do produto com defeito.

2 – Rodas amassadas: influenciam no balanceamento dos veículos, aumentam a vibração e aceleram o desgaste dos pneus. É importante verificar periodicamente o estado das rodas. Ao observar alguma anormalidade, procure auxílio especializado e realize o reparo ou a troca da peça imediatamente.

3 – Bolhas nos pneus: um grande perigo para os ocupantes do veículo. Um produto nessas condições pode estourar a qualquer momento. As bolhas costumam surgir a partir do impacto severo do pneu com buracos ou guias. Caso identifique essa alteração, substitua-o imediatamente.

4 – Teste de desgaste do pneu: o limite legal para se trafegar com um pneu é de 1,6 milímetros. Para testar se estão desgastados ou não, basta encaixar uma moeda de R$ 1 em um dos sulcos no centro da banda de rodagem, identificada como a parte mais grossa do pneu. Quanto mais fundo a moeda for, melhor será a condição dos pneus. Caso consiga ver toda sua parte dourada, está na hora de trocar os produtos.

5 – Excesso de peso no veículo: além da diminuição da vida útil da borracha em contato com o solo, o sobrepeso pode danificar a estrutura interna dos pneus. Desgastes dos freios, nos componentes da suspensão e maior consumo de combustível são outros prejuízos do excesso de peso. Consulte o manual do proprietário e certifique-se sobre o peso total adequado para o veículo.

6 – Amortecedores: componentes essenciais para o funcionamento da suspensão do veículo. Instalados em todos os eixos, eles são responsáveis por preservar e garantir a segurança, estabilidade, aderência e a vida útil dos pneus. É essencial realizar a manutenção adequada dos amortecedores, verificando regularmente sua condição e substituindo-os quando necessário.

7 – Estepe: imprevistos podem acontecer durante a viagem. Dessa forma, o estepe deve estar em perfeitas condições de uso e calibrado corretamente. Verifique as condições do pneu substituto e realize a calibragem semanalmente.

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