Fórum Nacional vai debater em Foz do Iguaçu futuro da mobilidade urbana e modelo de transporte urbano

O sistema de transporte coletivo urbano e o futuro sustentável da mobilidade urbana vão centralizar os debates da 115ª Reunião do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Mobilidade Urbana organizado pela Associação Nacional de Transporte Público (ANTP) entre os dias 13, 14 e 15 de setembro em Foz do Iguaçu. O encontro, no Centro Universitário Dinâmica das Cataratas, terá participação de 150 secretários, gestores e dirigentes municipais de transporte e trânsito do país.

O fórum, criado em 21 de junho de 1990, reúne os gestores da área periodicamente para compartilhar dúvidas e experiências e propor estudos, projetos e recomendar alterações na legislação de mobilidade urbana, transportes e trânsito. A reunião em Foz, a partir das 9h do dia 13, é realizada em uma parceria da Prefeitura Municipal, Foztrans (Instituto de Transportes e Trânsito) e ANTP.

Os debates terão início às 10h30 com o Bloco 1: “Foz do Iguaçu – a cidade além das Fronteiras – Desafios e Soluções na Mobilidade Urbana e Transporte Coletivo”, com temas como subsídio e desafios da gratuidade do serviço, bilhetagem eletrônica e gestão do trânsito na fronteira e impactos no sistema de saúde. No início de julho, o prefeito Chico Brasileiro implantou a gratuidade do transporte coletivo para os estudantes de Foz do Iguaçu.

A iniciativa representa uma política pública necessária implantada pelo executivo para mais de 38 mil viagens mensais de estudantes, informa Fernando Maraninchi, diretor superintendente do Foztrans. O subsídio municipal atende, ao mês, em média 400 mil passageiros com idade acima de 60 anos, aposentados por invalidez e pessoas com necessidades especiais e seus acompanhantes. O número representa 38% dos cerca de 1,1 milhão de usuários do serviço por período.

O Bloco 2 “Reinventando o Transporte Coletivo: Desafios e Avanços na era pós-pandemia” começa às 14h fazendo um panorama da situação e desafios do transporte coletivo com a reforma tributária, desoneração da folha e renovação da frota nacional. “Quanto mais passe livre, mais gente nos ônibus. Nunca tivemos tantos passageiros utilizando o serviço após a pandemia como agora”, afirmou Maraninchi. São “mais de 50 mil dia”, reduzindo o número de veículos nas ruas e avenidas da região central.

Futuro da mobilidade

Os blocos 3 e 4, no segundo dia do Fórum, vão discutir a partir das 9h os rumo para um futuro sustentável da mobilidade. O debate “Desafios e Inovações para a Transição Energética do Transporte Coletivo” vai tratar da política nacional de transição energética e sustentabilidade, além dos veículos elétricos e híbridos com etanol, biometano e hidrogênio. A tarde o foco é “Mobilidade Urbana em Evolução: Tendências e Soluções para um Trânsito Melhor” com painel de estudos de acidentes de trânsito e sustentabilidade e impactos do transporte individual nas cidades.

No último dia do Fórum, 15 de setembro, os participantes serão convidados a participar de uma programação voltada mais para lazer e conhecimento prático de tecnologias locais. A agenda inclui a vista panorâmica da Itaipu Binacional, na fronteira do Brasil com o Paraguai, e visitas ao Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e ao projeto Hidrogênio Verde. No período da tarde o grupo segue para as Cataratas do Iguaçu, dentro do Parque Nacional do Iguaçu, na fronteira com a Argentina.

Experiência de Foz

A inclusão do modelo de mobilidade urbana de Foz do Iguaçu no primeiro dia da programação da reunião do Fórum é o reconhecimento dos avanços implantados nos últimos anos e as particularidades da mobilidade do município em sintonia com os vizinhos de Puerto Iguazú e Ciudad del Este (Argentina e Paraguai). “Temos um exemplo de mobilidade urbana que tem muito a acrescentar ao Fórum Nacional”, ressaltou o diretor.

Sobre a questão fronteiriça, Maraninchi lembra que as turmas da UDC, sob a coordenação da direção institucional, fazem todo ano uma pesquisa nas pontes, revelando a quantidade de veículos que circulam nos três países. Outros exemplos de mobilidade urbana de Foz do Iguaçu incluem ainda a Lei das Calçadas, o mototáxi “que outras cidades não tem e agora está chegando a motouber”, adiantou.

A realidade local inclui ainda patinetes elétricos, que muitas pessoas compram no comércio do Paraguai, mas utilizam nas ruas do lado brasileiro e é preciso adaptar as legislações. “Vamos falar da licitação dos ônibus, que agora não é uma concessão, mas uma prestação de serviços pagando por quilômetro rodado, em que a bilhetagem é do município, poucas cidades tem isto, é um avanço”, afirmou Maraninchi.

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on telegram
Telegram
Share on whatsapp
WhatsApp