Em detrimento de idéias que possam despertar questionamentos para conscientizar pessoas sobre a realidade brasileira, o que se observa no Brasil, atualmente, é o esvaziamento da discussão dos problemas que efetivamente afetam sua gente, especialmente quando se priorizam debates em que a analogia do “Quem rouba agora” com o “Quem roubou antigamente” são colocações relevantes. Como se isto justificasse algo.
Em contraposição, está mais que na hora do Brasil, definitivamente, abdicar-se das práticas criminosas centradas no suborno (propina) – entenda-se corrupção – que de ignóbil e nociva ao povo não só deve mofar no ostracismo como ser combatida com veemência.
Está mais que na hora de colocar uma pá de cal nesta mentalidade simplista e retrógrada de rotulagem entre “nós” e ”eles”, pela clara manifestação de intolerância e oportunismo que isto representa.
Está mais que na hora, enfim, de se preocupar, com seriedade, numa forma de inserção social em que os instrumentos utilizados para esta finalidade valorizem o cidadão pela perspectiva de sua qualificação.
Está mais que na hora de combater a miséria, a doença, a escuridão e até a falta de esperança, pelo meio mais eficaz: o da Educação sem elitismo.
Com mais escolas, sem duvida, tudo melhorará.
Utopia? Poder ser, mas válida.
O Brasil tem condições de reversão, é só não se especializar na tática obscurantista de não oferecer às pessoas o direito de procurar pelo saber e pelo discernimento.
Carlos Roberto de Oliveira