Exposição “Arquétipos” mexe com a imaginação do público

 

Os quadros da “Medusa” e da “Morte” foram o que mais chamaram a atenção da psicóloga Ranife de Oliveira, do Acre. Segundo Ranife, a imagem conseguiu retratar o aspecto sombrio e devorador do feminino. “Eu sempre me interessei por esse feminino que burla as regras. Como fazemos parte de uma sociedade patriarcal, o feminino fica nas sombras. E às vezes, ele aparece”, disse. E completou: “Quando olho para esses quadros, é como se eu estivesse observando um sonho”. 

Já para a psicóloga curitibana, Sara Siverti Rodrigues, a fotografia da versão feminina do “Narciso” foi a mais impactante. “De longe tive a impressão que estava em movimento, mas não, era o reflexo na água. Muito instigante”. 

Para Sonia o objetivo foi alcançado. “Sou uma estudiosa dos arquétipos. E através da fotografia parece que consegui retratar um pouco desse lado místico. Desses sonhos. Criar uma fantasia”. 

Na foto: Alberto Melo Viana, curador da mostra, psicóloga Laura Muller do Altas Horas e a autora da exposição Sonia Lyra.

 

 

Os arquétipos de Sonia

Ela já reproduziu e fotografou 64 arquétipos, desses, 17 estão expostos na Mostra: 

Pity, que representa o confronto do “feminino” com os terrores do “masculino”; 

Lilith, a instigadora dos amores ilegítimos e vive nas profundezas; 

A Morte, que é o arquétipo da transformação, do desapego, do fim dos ciclos; 

Hades, o deus romano Plutão e o senhor dos mundos inferiores;  

Súcubo, demônio feminino detentor de um tremendo poder de sedução, induz a todo tipo de compulsões e obsessões sexuais;

Medusa, guardiã e protetora da mitologia grega;

Perséfone, revela a passagem entre a luz e a sombra; a consciência e o inconsciente;  

Pierro e Colombine, representam o triângulo amoroso;

Héstia, protetora e guardiã do fogo; 

Fauno, designa o destino favorável, a profecia e protege em particular os pastores e agricultores;

A Bruxa é a antítese da imagem idealizada da mulher; 

O Louco percorre o caminho dos mistérios;

Kuan-Yin, é o bodisatva associado à compaixão e ao perdão; 

Eco é a Ninfa cujas súplicas por diálogo, mas Narciso não ouve;

Narciso, um dos mais famosos de suas metamorfoses; 

O Mundo, arcano maior do tarô, representa a conclusão de um ciclo;  

A Estrela, representa os arquétipos das revelações essenciais, da ajuda inesperada, da perspicácia, inspiração e clareza de visão. 

Por onde passou

Antes de chegar em Foz do Iguaçu, a exposição “Arquétipos” já esteve no Museu da Fotografia, em Curitiba; no Centro de Artes e Criatividade, em Guarapuava e no Centro de Eventos Vitória, em Videira (SC).

“Sonia, é analista junguiana e trabalha há muitos anos com os arquétipos, mas desde 2012, quando começou a fotografar, faz a interpretação dos arquétipos através das suas lentes. São imagens fortes, mas com muita beleza e sensibilidade”, explicou o fotógrafo e jornalista Alberto Melo Viana, curador da mostra. 

Conheça mais em: https://sonialyra.com.br/

 

 

 

 

 

 

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