Família Acolhedora é defendida como modelo ideal para crianças abandonadas

O modelo Família Acolhedora foi defendido na abertura do 1º Seminário Trinacional de Convivência Familiar como ideal para amparar crianças em situação de abandono, em substituição provisória aos pais biológicos. Esse modelo existe em diversos países, entre eles o Brasil e o Paraguai, e a ideia é que seja replicado cada vez mais.

A proposta foi discutida nesta quarta-feira (10), no auditório do Cataratas JL Shopping, em Foz. O seminário prossegue até sexta-feira (12), e é uma iniciativa da Associação Fraternidade Aliança (AFA) em parceria com a Vara da Infância e Juventude de Foz do Iguaçu e a Escola da Magistratura do Paraná, e conta com o apoio da Itaipu Binacional, por meio do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA).

Participaram da abertura do evento o ministro da Infância e da Juventude do Paraguai, Ricardo González Borgne; a juíza da Vara da Infância e da Juventude de Foz do Iguaçu, Luciana Assad Luppi, e o secretário municipal de Assistência Social, Elias de Souza. A Itaipu foi representada na cerimônia por Alexandre Teixeira, assistente do diretor-geral brasileiro, e Erika Davies, da assistência da Diretoria Geral.

O primeiro dia do encontro reuniu acadêmicos da área e representantes de entidades que atuam na defesa da criança e do adolescente na região. Para Alexandre Teixeira, “esses eventos fortalecem as famílias e contribuem para que o número de crianças em situação de abandono seja cada vez menor”.

Diagnóstico e acolhimento

Em Foz do Iguaçu, o modelo de Família Acolhedora vem sendo adotado há três anos. Hoje, são quase 30 famílias aptas e 27 crianças acolhidas, de um total de 80 que deixaram de viver com suas famílias biológicas porque a Justiça entendeu que estavam tendo seus direitos violados. Cascavel é referência nacional em termos de quantidade de famílias acolhedoras. A cidade do Oeste paranaense tem 120 famílias acolhendo 220 crianças.

Para a irmã Idalina Barbosa, presidente da Associação Fraternidade Aliança (AFA), o “modelo é bem melhor do que o abrigo convencional, porque as crianças não ficam sem convivência familiar”.

Segundo a gestora de projetos da AFA, Suzane Amorim, as crianças não se sentem abandonadas, mas protegidas, pois até poderem voltar para suas casas, ficam numa espécie de família emprestada, recebendo carinho e amor. “Num abrigo, elas recebem cuidado, mas não há convivência familiar”.

Famílias interessadas em participar do programa precisam se inscrever e participar de uma formação. Elas recebem ajuda de um salário mínimo e podem ficar com a criança ou com o adolescente por, no máximo, dois anos. Um critério básico para se inscrever é declarar que não há interesse em adoção.

 

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