Livre Pensar

Das várias mortes vividas a que mais o marcou foi àquela em que – livre das amarras do comportamento condicionado – o fez ressurgir para um sentido de vida cujos valores, embora sabidos, pois recebidos na escola ou de alguém comprometido com a ética, pouco em consideração eram levados.

E dentre estas, uma que gerou mudança significativa em sua forma de encarar o cotidiano foi a do fortalecimento de sua autoestima a partir de suas limitações – que não eram poucas – e que lhe permitiu, todavia, melhor dimensionar uma busca voltada para o equilíbrio e para o bom senso, independentemente das circunstâncias.

Já não lhe interessava mais as conquistas definitivas e tampouco a adjetivação vazia, pois ambas transitórias e ilusórias.

Sem qualquer intenção de proselitismo religioso, e respeitando o livre arbítrio quanto a qualquer forma de escolha pelo que transcenda, estava, naquela sua fase de vida, mais preocupado com o ser substantivo na condição de agente efetivo de ações que motivassem um combate constante a dois procedimentos deploráveis, a dissimulação e o cinismo.  

 Utopia? Pode ser, mas esta era sua então visão de vida.

Carlos Roberto de Oliveira

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