Apesar da pouca idade, Fernandinho já tem experiência no esporte. Há pelo menos três anos e meio ele pratica o wakeboard no Rio Iguaçu e no Lago de Itaipu. “Comecei incentivado pelo meu irmão, que já praticava. A primeira vez que andei tinha uns 12 anos, daí parei e voltei a treinar para valer há pouco mais de três anos”, contou.
O bom desempenho do atleta deve-se, principalmente, ao ritmo de treinos. Hoje, Fernandinho pratica o wakeboard cinco vezes por semana no cable park, onde é utilizado um sistema de cabos que puxam os atletas sobre suas pranchas de um lado a outro da lagoa, construída especialmente para a pratica esportiva.
Para ele, o apoio dos amigos e familiares também foi fundamental para o resultado. “Achei o evento muito top, estavam todos animados e vibrando a cada manobra, isso incentiva o atleta. Gostei muito do jeito que eu andei e estou satisfeito com a minha passada”, disse. O segundo colocado na categoria Open foi o atleta Fabrício Bernhardt, da Argentina, e Emanuel Nakamura, de Foz do Iguaçu, conquistou a terceira colocação.
Pratas da casa
O iguaçuense João Caetano Ferreira (28) conquistou dois títulos: 2º lugar na categoria intermediário e 3º lugar na Wakeskate. Para o atleta, que já participou de outros cinco campeonatos dentro e fora do estado, Foz do Iguaçu precisava de um evento como este para mostrar que o wakeboard não é mais um esporte elitizado. “O cable park facilitou a entrada de novos atletas e eventos como este ajudam a popularizar o esporte”, afirmou.
Ao todo, 35 atletas do Brasil, Paraguai e Argentina participaram do Cablestock divididos em cinco categorias: Open, Iniciante, Intermediário, Feminino e Wakeskate. Durante as disputas, cada competidor teve cerca de três minutos para percorrer os obstáculos e apresentar o melhor desempenho. Nesta competição, são avaliados o estilo do atleta e a variação, a intensidade, a altura e a distância das manobras.
Paraquedismo
Além das competições, que ocorreram ao longo da tarde, o público pôde participar de oficinas de slackline, stand up paddle e caiaques. O pouso de dois paraquedistas da SkydiveFoz na lagoa do cable park também chamou atenção. Com a performance, o paraquedista Felipe Hardt, o Caverinha, contabilizou o salto de número 4 mil da carreira. Apresentações musicais seguiram ao longo do dia e uma grande festa com banda de reggae e grupos de rap encerrou a programação.
Preparação
Conforme explicou o produtor executivo da ADERE, Marcelo Penayo, o primeiro Cablestock foi um evento preparatório para o Itaipu Wake Pro – Sudamerica, previsto para os dias 21, 22 e 23 de outubro em Foz do Iguaçu. “Temos um bom público e Foz tem todas as condições de fomentar este esporte e fazer cada vez mais eventos”.
O presidente da ADERE, Raby Khalil lembra que a união dos esportes – como o slackline, o sup, o caiaque e o wakeboard – também tem contribuído para o desenvolvimento turístico da região. “Conseguimos transformar a região dos municípios lindeiros ao Lago de Itaipu em polo de referência de práticas e esportes alternativos e radicais, propagando o estilo de vida ao ar livre”, comentou. O campeonato foi promovido pela Wake Iguassu Cable Park e a Associação de Desenvolvimento de Esportes Radicais e Ecologia (ADERE).
Classificação Geral
Categoria Open
1º – Fernandinho Mendonça (Foz)
2º – Fabrício Bernhardt (Argentina)
3º – Emanuel Nakamura (Foz)
Categoria Iniciante
1º – Juan Polac (Argentina)
2º- Kauã Nagel (Foz)
3º – Jesus Romero Cape (Paraguai)
Categoria Intermediário
1º – Maxi Masdeu (Argentina)
2º – João Caetano Ferreira (Foz)
3º – Juliano Costa (Quedas do Iguaçu)
Categoria Wakeskate
1º – Rodrigo Galiciolli (Foz)
2º -Luigi Salvati (Foz)
3º – João Caetano Ferreira (Foz)
Categoria Feminino
1º – Yasmin Kahwaji (Foz)
2º – Salam Kahwaji (Foz)
3º – Wina Brasil (Foz)
Thays Petters – Assessoria
Fotos: Marcos Labanca