Senete Kammer: Criar algo novo exige muito trabalho e esforço

 

Sobre Rodas: Você é uma empresária de sucesso. Comanda uma empresa especializada em implantes e outros procedimentos de odontologia, mas nem sempre foi assim. Qual foi o maior desafio?

Senete Kammer: Com certeza o maior desafio foi criar algo novo, um empreendimento inovador. Na época, analisando as necessidades do mercado iguaçuense e da região, nasceu a ideia de implantar a primeira Clínica Odontológica que oferecesse planos com autorização da ANS (Agência Nacional de Saúde) em Foz do Iguaçu. Assim, chegou a Odous, pioneira no ramo, e acabamos servindo de inspiração às outras clinicas que se instalaram posteriormente.

Com muito trabalho e esforço, conquistamos não só os iguaçuenses, mas moradores da região, bem como dos países vizinhos. Ter clientes satisfeitos, com certeza, é a nossa grande realização. Atualmente, o maior desafio, é nos mantermos forte no mercado, como há 14 anos.


SR:
Quais as perspectivas para o futuro?

SK: Nosso objetivo é expandir para outras cidades da região, gerando receita, empregos.

SR: Qual seu maior sonho?

SK: Tenho muitos. Entre eles, desejo ver nosso Brasil crescendo, com menos violência, mais solidário e com paz. Gostaria de sentir mais orgulho do nosso país. Queria que fosse um lugar onde todos trabalhassem em prol da coletividade e não do individualismo. Quero ainda vivenciar uma sociedade onde nossos jovens realmente saibam do grande mal que as drogas podem causar em suas vidas.

Social

SR:  Além de se preocupar com o marido, filhos e netos, você também dedica seu tempo às causas sociais. Como é esse trabalho?

SK: Não posso ficar inerte às necessidades do ser humano. Há 16 anos, fui presidente de bairro do Jardim Tarobá. Procurei ajudar a desenvolver os projetos que trariam benefícios à comunidade. Atualmente, me dedico mais às obras sociais da Igreja, da qual sou membro da diretoria. 

SR: E nos momentos de lazer?

SK: Dedico meu tempo de lazer principalmente à minha família, principalmente à minha neta. Gosto muito também das minhas flores. Quando cuido do meu jardim, acabo cuidando de mim também. 

SR: No que mais você acredita?

SK: Em Deus em primeiro lugar. E acredito extensivamente no ser humano. Acredito que ainda existem pessoas comprometidas, gente séria e que faz o bem ao próximo.

SR: Você já passou por momentos de superação?

SK: Sim, diversas vezes. Entre elas, vencemos a doença Síndrome de Guillain-Barré do meu filho mais velho. Nunca tinha ouvido falar dessa síndrome, logo em seguida desencadeou um fibromialgia muito grave em mim, passei por uns maus momentos, mas com a graça de Deus vencemos. Ele está curado e eu também. Sou muito temente a Deus e acredito no seu poder.

Já no âmbito profissional, quando tudo parecia improvável, a idade dificultou o ingresso no mercado de trabalho. Foi aí que tivemos a ideia de abrir a clínica com marca registrada. A prestação de serviços na área de saúde, não é barato, impostos e mais impostos, tempos difíceis. Mas hoje, com 14 anos no mercado em Foz, estamos consolidados no mercado.

SR: Gosta de política?

SK: Não só gosto, como acredito na política. Acredito que através dela podemos melhorar nossa sociedade. Até disponibilizei meu nome como pré-candidata à vereadora. 

Automóveis

SR: Tem alguma história inusitada envolvendo carros?

SK: Há muito tempo, quando morava no sítio e trabalhava no banco Noroeste, saía de casa muito cedo, por volta das 5h30 da manhã, com meu pai que trabalhava na Itaipu e mais um colega. Íamos pela BR 277 com nosso Fiat 147, esperar o coletivo que vinha de Santa Terezinha e passava na altura  da Vila Vitorassi. Certa vez, o carro atolou e tivemos que empurrar, ficamos cheios de barro. Quando cheguei no centro, minha primeira ação foi procurar uma lojinha na Av. Brasil. Só depois de comprar uma roupa, pude ir trabalhar. Naquele momento, pareceu trágico, mas rimos muito. 

SR: O que você gostaria de compartilhar com os leitores da Sobre Rodas?

SK: O que gosto de passar adiante? Que na escada da vida, saibamos subir um degrau de cada vez, não importando se ficar no segundo ou no  terceiro degrau mais tempo, o importante é não voltar pra traz.

 Fotos: Mohamed Ortiz

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