Um Alemão em Foz do Iguaçu

O período era de férias.

Mochila arriada ao rés do chão e uma indisfarçável demonstração de cansaço tomava conta daquele viajor que em suas andanças buscava conhecer lugares, costumes e pessoas.

Em sua forma de comunicação, além do alemão e inglês, arranhava também o espanhol, o que o ajudava a se fazer entender.

O calor implacável daquele janeiro bem característico do clima subtropical e úmido da região não o incomodava, pelo contrário, energizado pela magia das Cataratas do Iguaçu e pelo verde exuberante de uma natureza pródiga, recompôs-se.

E já com sua mochila às costas, caminhando pelas ruas da cidade, como que se sentindo em sua Munique, na Baviera, eis que, de repente, se depara com um estabelecimento comercial cujo nome, em alemão, sugeria um liquido que tinha em sua composição malte e lúpulo.

Não se conteve, e em sua língua nativa, comentou “ich bin durstig, ich brauche einen chopp”, que traduzido seria “Que sede, preciso de um chopp”.

Com o consentimento do proprietário do estabelecimento, acordou no dia seguinte, acomodado em um espaço deste … pedindo água.

Carlos Roberto de Oliveira

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