Acelerem os motores: elas estão na pista

Paixão. Sentimento que as mulheres motociclistas têm de sobra! Foi-se o tempo em que as estradas eram espaços apenas dos grupos masculinos, hoje em dia, as mulheres que encontram um sentimento em comum unem-se e formam grupos regados à aventura e à velocidade.

O primeiro Motoclube era feminino

Duvido que você sabia dessa! Pois é. O primeiro Motoclube foi fundado no final dos anos 30 por uma jovem chamada Linda Dugeau de Providence. Após escrever uma carta para revendedores, motociclistas e pessoas que pudessem gostam de motos, chegou-se a uma lista e dela originou-se o Motor Maid com 51 membros da carta em 1940. A patente do grupo foi concedida em 1941 pela American Motorcycle Association.

Logo depois, em 1947, surgiu nos Estados Unidos o chamado Yonkers Motorcycles Club, de Nova York também importante e reconhecido mundialmente por impulsionar o estilo que foi crescendo ao longo dos anos junto com interesse por esse veículo. Em terra verde e amarela, Moto Club do Brasil, de 1927, leva o título de grupo mais antigo.

Após a Segunda Guerra Mundial os motoclubes se tornaram refúgios no intuito de voltar à vida normal. Dessa forma, houve aumento no número dos grupos e os símbolos para representá-los, assim como a constituição de regimentos e hierarquias tornam-se importantes.

Não é de hoje que as motos despertam emoções. Há gerações o entusiasmo por esses “brinquedinhos” fez com que surgissem grupos com o intuito de compartilhar esse amor.

Em Foz também tem paixão pelo motociclismo

E, não podia ser diferente. A consultora técnica da Motec, Alexandra de Paula Messias, está tendo a experiência de como é participar de um Motoclube. Funcionária da loja desde 2015 a jovem não se distancia do mundo da velocidade.

Ela é amiga do Felinas da Fronteira, um grupo só de mulheres apaixonadas pelas motos criado em 2015. “A gente se encontra em vários lugares e participamos de eventos. Eu sempre gostei de moto, para mim é um desafio. Por gostar de velocidade, participar do grupo me faz muito bem. Trabalhar com moto me faz ter vontade de ficar o tempo todo cercada por esse universo”, comenta.

A vice-presidente do Felinas, Rosely Cândida Sobral, explica que a intenção no momento do surgimento era conhecer mulheres motociclistas, mas ele cresceu e se transformou em moto grupo e hoje conta com nome, logo e estatuto próprios. “Não me imagino longe do motociclismo. Piloto desde os 12 anos e depois que casei vendi minha motinha quando meu primeiro filho nasceu. Fiquei 10 anos sem moto, em 2008 comprei uma e em 2010 me divorciei. A partir daí decidi que queria essa vida pra sempre. Em 2015 conheci mulheres com histórias semelhantes, de superação, de luta, e de preconceito também”, comenta.

O que todas partilham é a afinidade com a moto e, a partir disso, muitas amizades foram criadas. “Não me imagino longe do motociclismo. Não é apenas um grupo de moto. É um grupo que cuida uma da outra. Um ombro amigo para desabafar, para sair, se distrair. Cada uma que entra tem uma madrinha que cuida, aconselha e apoia”.

O número de mulheres motociclistas aumentou

Segundo a ABRACICLO (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) o número de mulheres habilitadas para dirigir motos aumentou 50% em seis anos. Com isso, elas representam mais de 22% do total de pessoas que possuem a carteira categoria A no país.

Outro dado que surpreende é que esse crescimento se deu principalmente entre as mulheres acima de 50 anos. Elas foram a que mais tiraram carteira com crescimento de 135,3% de novas motociclistas no período do estudo.

Fonte: Assessoria

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